Arquiteto Gilberbet Chaves é encontrado em Uberaba (MG)

Pai da também arquiteta Helena Chaves estava desaparecido desde ontem (4)

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  • Da Redação

Publicado em 5 de fevereiro de 2021 às 12:40

- Atualizado há um ano

. Crédito: Divulgação

O arquiteto Gilberbet Chaves, 93, pai da também arquiteta Cristina Chaves, foi encontrado nesta sexta-feira (5), no município de Uberaba (MG), localizado a mais de 1,6 mil km de Salvador. A última vez em que ele havia sido visto foi na tarde de ontem (4), no bairro do Canela.

De acordo com Helena Chaves, filha de Gilberbet, a família irá buscá-lo em Uberaba ainda hoje. A família ainda não sabe como o arquiteto foi parar na cidade mineira, no entanto, ressaltam a felicidade e o alívio de poder encontrar uma pessoa desaparecida. 

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"Foram os momentos mais difíceis da minha vida, foi uma situação muito delicada, que a gente se sente impotente, fragilizada, é como se tivessem roubado um pedaço de nós. Ainda estamos abalados, e só vou ficar tranquila quando eu puder dar um abraço apertado em meu pai", afirmou Helena.

Destaque da arquitetura baiana Gilberbet é um dos mais conhecidos arquitetos de Salvador. Entre suas obras mais destacadas, está a antiga casa dos escritores Jorge Amado e Zélia Gattai, na Rua Alagoinhas, bairro do Rio Vermelho, posteriormente transformada num museu que conta a história do casal e sua produção artística e literária.

O arquiteto era próximo do casal e, como era comum Jorge Amado fazer, também foi colocado como um dos personagens de sua obra. Numa das passagens de Dona Flor e Seus Dois Maridos inclusive menciona o nome um tanto inusitado do arquiteto:

"Parecia um jardim de contos de fada e o pequeno anfiteatro era de uma audácia arquitetônica nunca vista na Bahia: 'Gilberbet aprendam o nome certo: é Gilberbet e não Gilberto ou Gilbert, como pronunciam certos rastaqueras - demonstrou seu gênio ultramoderno' (Silvinho mais uma vez e não a última com certeza). Dona Flor, ao entrar, abriu a boca em admiração e pasmo. Dona Norma só pôde articular uma palavra: - Porreta!", afirma trecho do clássico lançado em 1966.

*Sob orientação da subeditora Carol Neves