Arte dos Jesuítas

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  • Cesar Romero

Publicado em 8 de março de 2021 às 05:00

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Lançado o livro de Percival Tirapeli a Arte dos Jesuítas na Ibero–América   (foto). Membro da Associação Brasileira de Críticos de Artes, ABCA e Internacional AICA. Livro ora lançado, revela belezas e tesouros. Trata-se de obra fundamental para a compreensão da gênese e evolução da arte sacra no Brasil e na América Espanhola, nos períodos do maneirismo e do barroco. A Companhia de Jesus originou-se na Paris de 1534 por um seleto grupo de companheiros de Santo Inácio de Loyola, estudantes da Sorbonne, e em 1540 foi reconhecida como ordem religiosa.  

Com as possessões do Oriente a serem evangelizadas e o Novo Mundo recém conquistado ao final do século 15, atuou fortemente na catequização e construção de seus colégios e igrejas –  e em 1650 já tinha alcançado desde a Itália, onde se fixara inicialmente, o Extremo Oriente, leste Europeu e Américas. 

As obras artísticas da Companhia de Jesus tornam-se conhecidas e valorizadas e esse estilo dominou praticamente o mundo todo. Na arquitetura seguiu o modelo conhecido como modo nostro, tanto para igrejas como para colégios. 

Nas Américas, o barroco europeu foi bem adaptado aos trópicos.  Pintura e escultura mesclam-se nos conceitos do maneirismo, barroco, ultrabarroco mexicano e da ornamentação mestiza do Altiplano Andino onde, aliás, nasce a escola cusquenha de pintura.  

Os exemplares da Companhia de Jesus nela abordados abrangem 6 países europeus, 10 países latino-americanos e 11 estados brasileiros.  

Os estudos ampliam-se para as obras, em especial do Altiplano Andino com o barroco mestizo e ainda o ultrabarroco mexicano, a partir dos modelos do barroco espanhol. Após os capítulos sobre arquitetura, escultura e pintura, a estrutura da obra inova com o capítulo sobre as misiones. 

A estrutura do livro segue assim: a arquitetura, denominada modo nostro, é o tema do capítulo I, e segue as normas de Roma para a construção dos conjuntos compostos por igreja, colégio e residência dos padres, espalhados por todo o mundo. No capítulo II vemos que a escultura esteve presente nas grandiosas fachadas-retábulos desde o México, até as igrejas peruanas e bolivianas.  

A pintura é surpreendente, no Capítulo III, em especial aquelas das capelas das missões ao redor de Cusco e do lago Titicaca. Em Misiones, tema do capítulo IV, há ampla discussão sobre as missões do Paraguai, e os países da Argentina e Brasil. 

Por fim, no quinto e último capítulo, o legado artístico jesuítico, suas adaptações para novos usos foram devolvidas aos jesuítas após a restauração da Companhia de Jesus em 1814.