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Cesar Romero
Publicado em 11 de janeiro de 2021 às 06:00
- Atualizado há um ano
Artistas são pessoas iguais a outras, apenas trabalham com um produto sensível que é a Arte. Nesse transitar de elementos sensíveis, ele se torna um observador do mundo circundante, da essência das coisas. O ano começa tudo pode parecer igual. Manhã, tardes, noites, umas melhores outras nem tanto. Mas são absolutamente diferentes, dependendo do olhar de cada um. Qualquer indivíduo é único no mundo. Com seus sistemas de crenças e pensamentos, pode decidir e redicidir dependendo das convicções.
O passado passou, com todas as agruras de 2020, mas passou. Nada vai adiantar. Foi o mar que foi. O que se pode fazer com o passado é avaliarmos o que aprendemos com ele, tudo tem vantagens e desvantagens. Tudo tem ganhos, perdas e consequências. Cada artista tem que se reinventar, com essas experiências do recente passado. A única coisa imutável na vida é que a vida é mutável.
O futuro serve como planejamento de metas, sem metas é difícil lograr-se algo. As metas são propósitos, dentro do possível, que nos direciona. O aqui e agora, viver e atuar, fazer, o futuro como planejamento. Não existe destino, é apenas uma ilusão mágica, cada um de nós é livre para fazer escolhas. Decidir e redicidir. A arte é complexa, definidora de épocas. Uma das definições mais coerentes de arte foi dada numa entrevista à TV pelo artista visual Antonio Peticov (foto) (1946) nascido em Assis, São Paulo: “Arte é transformar o ordinário em extraordinário”.
Não existe inspiração, inspiração é coisa de amador, existem dias melhores outros não. O artista deve ter seus estoques de ideações, que soma, subtrai, divide, multiplica, ainda foco e trabalho. O fazer salva. O bom senso é fundamental na arte, com cautela, critério, cabimento, discernimento, reflexão, sensatez e senso de propriedade do que se realiza. Uma coisa a se pensar é sempre fazer uma Gestalt completa das produções, começo meio e fim. Antes de iniciar qualquer tarefa, avaliar as possibilidades, acarrear os conhecimentos, para não deixar o trabalho pela metade, sem conclusão.
O que começar, concluir, mesmo que não seja o melhor que se possa dar. Nenhum artista pode fazer obras primas todo o tempo. Não há um consenso entre os autores do período da arte contemporânea, a maioria considera depois da Segunda Guerra Mundial, como ação de ruptura com a arte moderna, e mostrou-se mais evidente na década de 1950. Então a arte contemporânea tem setenta anos, já é um velho movimento. Isso não importa o que vale é a criatividade, já tão difícil pelas repetições. Que 2021 seja mais leve e que os artistas ainda tornem o ano mais produtivo.