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‘Ato político partidário’, diz Rui Costa sobre ser indiciado na CPI dos respiradores 

Governador teria comprado equipamentos 11 vezes mais caros que o valor de mercado 

  • D
  • Da Redação

Publicado em 23 de dezembro de 2021 às 14:24

 - Atualizado há 2 anos

. Crédito: Paula Fróes/GOVBA

O governador da Bahia, Rui Costa, (PT), se pronunciou sobre o indiciamento dele na compra de respiradores superfaturados através do Consórcio Nordeste, em que era presidente. Tanto Costa quanto o ex-secretário do Gabinete Civil da Bahia, Bruno Dauster, foram acusados de improbidade administrativa pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte. Para ele, essa acusação é um ato político.  

“Eu diria que é um ato político partidário. Não dei e não dou muita importância para isso, porque está chegando a hora dessa turma da ignorância da política sair do nosso país”, declara Rui Costa, na inauguração da entrega da emergência do Hospital Geral Roberto Santos (HGRS), na manhã desta quinta-feira (23).  

O governador, em seguida, desviou-se da pergunta. “Só queria que me respondessem porque que o Ministério Público mandou soltar quem estava preso, se quem estava preso tinha confessado o crime e tinha se comprometido em 48 horas, devolver o recurso. Em nosso país, ficou tudo misturado. Quem devia fazer justiça, faz política”, complementa. 

A CPI investiga, há quatro meses e meio, a compra frustrada de 300 respiradores pelo Consórcio, que custou R$ 48,7 milhões aos cofres dos nove estados da região. Com reunião de milhares de documentos e convocação de 72 testemunhas, a Comissão indicou, além de Rui Costa e Bruno Dauster, a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), dos ex-ministros Carlos Gabas e Edinho Silva (atual prefeito de Araraquara/SP), do secretário de Saúde do Rio Grande do Norte, Cipriano Maia, empresários e outros servidores públicos.

Relembre o caso  A contratação se iniciou a partir do Ofício Circular de 6 de abril de 2020, assinado pelo secretário-executivo do Consórcio, Carlos Gabas, pelo qual solicitou aos estados-membros, em um prazo máximo de 12 horas, a transferência dos valores correspondentes à aquisição de 30 ventiladores pulmonares, por R$ 164.917,86 cada, totalizando R$ 4.947.535,80 para cada estado. 

Os respiradores não foram entregues, e o dinheiro não foi devolvido. Pelo contrário, várias pessoas confirmaram que receberam valores e, também em depoimentos, um engenheiro disse que o equipamento que seria produzido no Brasil custaria R$ 15 mil, valor quase 11 vezes menor que o cobrado pela Hempcare e pago pelos estados. 

Anteriormente, o relatório do deputado Francisco do PT, apresentado na semana passada, havia sugerido o indiciamento de quatro pessoas por estelionato: Cristiana Prestes Taddeo e Luiz Henrique Ramos Jovino, da Hempcare, além dos empresários Paulo de Tarso Carlos, da Biogeoenergy, e Cleber Isaac Ferraz Soares. Porém, na sessão desta quinta-feira, os deputados Gustavo Carvalho (PSDB), Getúlio Rêgo (DEM) e o presidente da CPI, Kelps Lima (Solidariedade), apresentaram voto parcialmente divergente, que foi aprovado e acrescido ao relatório.