Australiano atropelado no Rio estava foragido por pedofilia há 22 anos

Ele usava passaporte com outro nome; ele segue internado em coma

  • D
  • Da Redação

Publicado em 11 de abril de 2018 às 23:07

- Atualizado há um ano

. Crédito: .

O australiano que foi atropelado com outras 17 pessoas na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, em janeiro, está foragido da polícia do seu país há mais de 20 anos por pedofilia. Na época do atropelamento, ele foi identificado como Daniel Marcos Philip, 68 anos, mas se trata na verdade de Christopher John Gott, segundo o jornal "The Australian". Ele foi condenado a seis anos de prisão por 17 acusações de agressão sexual, incluindo o estupro de dois adolescentes de 14 e 16 anos. 

Gott foi identificado depoiis de ter as digitais coletadas, segundo o jornal. Na época do acidente, a polícia do Rio informou inicialmente que ele era um turista australiano. Depois, foi informado pelo consulado que era um cidadão que morava há cerca de 20 anos. Ele deu entrada no hospital com a xérox de um passaporte australiano emitido em 2010. O australiano segue internado em estado grave no Hospital Miguel Couto.

Ele sofreu traumatismo craniano e estpa em coma. Gott era professor de ensino médio de Darwin, uma cidade australiano, até 1994, quando foi preso pelas denúncias de abuso sexual. Ele foi condenado e fugiu dois anos depois, quando recebeu a liberdade condicional. 

O acidente no Rio de Janeiro aconteceu no dia 18 de janeiro à noite, na Avenida Atlântica. Um bebê de oito meses morreu e 17 pessoas ficaram feridas depois que um carro desgovernado invadiu o calçadão. O motorista alegou em depoimento que sofreu um ataque epilético.

A Polícia Federal informou a O Globo que está em contato com as autoridades australianas sobre o caso do foragido.