Avaliação: Renegade mantém a tração 4x4, mas motor diesel sai de linha

Confira em vídeo a avaliação do SUV que adotou um propulsor turboflex

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  • Antônio Meira Jr.

Publicado em 11 de março de 2022 às 13:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Antônio Meira Jr./CORREIO
Essa versão tem sete airbags, acabamento em couro e até faz as balizas para o motorista por Foto: Antônio Meira Jr./ CORREIO

Atualmente, são 15 opções de SUVs compactos no mercado brasileiro. Mas por muitos anos as opções eram escassas, eram oferecidos apenas o Ford EcoSport, lançado em 2003, e o Renault Duster, que chegou ao país em 2011. Somente a partir de 2015 houve um incremento grande na concorrência. Naquele ano, chegaram Honda HR-V, Jeep Renegade e Peugeot 2008.

O menor modelo da Jeep foi o de maior sucesso entre eles. Já teve quase 400 mil unidades comercializadas no Brasil e ganhou no último mês algumas atualizações. A principal delas foi a introdução de um novo motor turbo flex, que estreou ano passado no Compass e que posteriormente foi introduzido no Commander. Confira a avaliação em vídeo O propulsor é chamado comercialmente de T270, em alusão ao turbo e à força em Newton Metro. Esses 270 Nm representam 27,5 kgfm de torque obtidos aos 1.750 giros com gasolina e/ou etanol. Com 1.3 litro, ele oferece 180 cv de potência com gasolina e 185 cv com etanol, sempre a 5.750 rpm.

Até então, o Renegade tinha duas opções de propulsão: 1.8 litro flex e 2 litros turbodiesel. O primeiro, já veterano desde o lançamento do veículo, foi devidamente aposentado. Já o diesel deixou de ser opção para esse modelo, mas continua sendo oferecido nos outros produtos da marca produzidos no Brasil (Compass e Commander) e Fiat Toro.

O 1.3 turboflex substitui muito bem o defasado 1.8, pouco eficiente para movimentar um SUV com mais de 1,5 tonelada. Sim, o Renegade é um veículo pesado e a configuração avaliada pelo CORREIO, a S, pesa 1.608 kg. Mas o torque (35,7 kgfm) e a economia do motor turbodiesel farão falta. Outro ponto negativo é a potência: o diesel rendia 170 cv, mas o resultado vinha 2 mil giros antes (3.750 rpm) do que acontece com o novo turboflex.

4x4 continua O Renegade tinha dois diferencias em relação aos seus rivais: o motor diesel, que não tem mais, e a tração 4x4. Pelo menos um dos atributos foi mantido e é oferecido em duas versões S e Trailhawk. Inclusive, essas duas opções têm o mesmo preço: R$ 164.136.

Com o sistema 4x4, que pode ser alterado por um seletor giratório instalado no console central, a transmissão de nove velocidades foi preservada. Ela está presente somente nessas duas versões e é uma solução inédita na linha brasileira da Jeep. 

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Trabalhando acoplado a esse câmbio, que é fornecido pela alemã ZF, vivenciei o melhor rendimento do motor 1.3, em relação ao Compass e ao Commander, nos quais o propulsor só é associado à transmissão de seis velocidades fornecida pela japonesa Aisin.

De qualquer forma, o consumo continua não sendo o ponto forte do SUV. O próprio fabricante informa que o consumo urbano é de 9,1 km/l (gasolina) e 6,3 km/l (etanol). Na estrada, passa para 10,8 km/l (gasolina) e 7,6 km/l (etanol).

Posicionamento O Renegade 2022 é o melhor produto em relação ao acabamento da sua categoria e o único com tração 4x4. O porta-malas tem 385 litros - o artifício para ganhar espaço foi adoção de um estepe temporário. O único que mantém a roda integral é o Trailhawk (314 litros).

Poderia ser conectado, mas a Jeep explica que chegou a planejar esses recursos, no entanto, voltou atrás por conta da crise de semicondutores. Seria um ótimo diferencial para a categoria, que tem dois concorrentes com o sistema: Chevrolet Tracker e Hyundai Creta.

O preço médio das seis primeiras revisões, que devem ser feitas em intervalos de 10 mil km ou 12 meses, é de R$ 943,17. O Renegade conta com três anos de garantia e, nessa versão (S), o teto solar é opcional (R$ 7.944).

O SUV da Jeep fechou 2021 como o mais vendido da categoria no Brasil, mas na Bahia ficou atrás do Creta e do seu irmão, o Compass.