Bahia empilha goleadas e chega com ataque em alta contra Ceará

Tricolor começa a decidir neste sábado (1º) o título da Copa do Nordeste

  • Foto do(a) author(a) Gabriel Rodrigues
  • Gabriel Rodrigues

Publicado em 29 de abril de 2021 às 05:00

- Atualizado há 10 meses

. Crédito: Foto: Felipe Oliveira/EC Bahia

Às vésperas da final da Copa do Nordeste, os tricolores estão ansiosos por mais uma decisão. Sábado, o Bahia entra em campo diante do Ceará no jogo de ida, a partir das 16h, no estádio de Pituaçu. A volta é no dia 8 de maio, no Castelão, em Fortaleza.

O duelo contra os cearenses se apresenta para o Esquadrão como a chance de uma revanche. O Bahia amargou derrotas nas duas vezes em que decidiu o título com o alvinegro, em 2015 e 2020. Para dar a volta por cima e levantar o troféu dessa vez, uma das apostas está no ataque. 

O setor é de longe o melhor da equipe na temporada. O tricolor chega para a decisão com a impressionante marca de 34 gols marcados em 13 jogos do time principal, treinado pelo técnico Dado Cavalcanti. Uma média de 2,61 gols por partida. 

A estatística continua alta caso os jogos da equipe de transição, que disputa o Campeonato Baiano, sejam levados em consideração. Nesse cenário, o Bahia soma 44 gols em 22 partidas (média de 2 por jogo), o que coloca o clube baiano como o ataque mais goleador do Brasil.

Os números se escancaram na quantidade de goleadas acumuladas. O triunfo por 5x0 contra o Guabirá, terça-feira, na segunda rodada da Copa Sul-Americana, foi o quinto em que a equipe venceu por diferença de quatro ou mais gols. Contando a vitória sobre o Manaus, por 4x1, pela Copa do Brasil, em seis jogos o Bahia conseguiu balançar as redes adversárias pelo menos quatro vezes. 

Três dessas goleadas aconteceram pela Copa do Nordeste, sobre Sport (4x0), Altos (5x0) e CRB (4x0), o que faz do Esquadrão o time com o ataque mais positivo da competição com 20 gols marcados - em dez partidas.

 Mudança de perfil  Diante do Ceará, Dado Cavalcanti vai ter o retorno do seu trio de ataque titular. Gilberto e Rodriguinho foram poupados na rodada da Copa Sul-Americana, enquanto Rossi cumpriu o segundo dos três jogos de suspensão no torneio. Até aqui eles são responsáveis por metade dos 34 gols da equipe, mas quem sai do banco tem conseguido manter o nível.

Titulares contra o Guabirá, Alesson e Marcelo Ryan anotaram dois gols cada. Dos homens de frente que fazem parte do grupo de Dado, apenas Thonny Anderson, que estreou contra os bolivianos, ainda não balançou as redes.

Na análise do treinador, o momento vivido pelo setor ofensivo é fruto de uma mudança de mentalidade.  

“DNA, espírito, forma, modelo. Nossa equipe é assim, desde o ano passado, quando assumi o Bahia e só se falava de sistema defensivo ruim, defesa que toma muitos gols. Fui enfático ao falar que, na minha linha de raciocínio, era o coletivo. Se mudássemos a forma de jogar, tendo mais posse, agredindo mais e, quem sabe, jogando mais no campo adversário, por consequência, nós tomaríamos menos gols. Não somos kamikazes, um time que só ataca. Mas somos um time agressivo”, analisou Dado após a goleada no Guabirá.

“Somos um time que cria, 12, 10 situações de gol por jogo, em média. Isso nos deixa satisfeitos, mas temos margem para evolução, para chegarmos mais fortes ainda na sequência dos campeonatos”, comentou o técnico. Entre os dois jogos da final, o Bahia receberá o Independiente no dia 4 de maio.