Bahia não vai antecipar aplicação da segunda dose, informa Sesab

Decisão da CIB mantém intervalos orientados pelo PNO para todas as vacinas

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  • Da Redação

Publicado em 14 de julho de 2021 às 13:57

- Atualizado há um ano

. Crédito: Valter Pontes/Secom

A Bahia não irá encurtar o intervalo entre as aplicações da primeira e da segunda dose das vacinas, informou a Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) nesta quarta-feira (14). A ideia foi discutida e rejeitada em reunião hoje da Comissão Intergestores Bipartite (CIB), que é uma instância deliberativa do SUS e reúne representantes dos 417 municípios baianos e o estado.

Com isso, o estado seguirá os intervalos que estão determinados no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra Covid-19. Para a vacina da Astrazeneca/Oxford e da Pfizer, o tempo é de 12 semanas entre as doses. Para a Coronavac, são 28 dias entre as aplicações. A vacina da Janssen é de dose única.

A antecipação da segunda dose está sendo feita em alguns estados do país, como estratégia para combater a variante delta e também, em geral, para adiantar a imunização. No último dia 9, o secretário Leo Prates revelou que o assunto era discutido aqui."Conversei com o secretário Fábio (Villas Boas), a gente está debatendo a possibilidade de antecipar a  Astrazeneca. É decisão da coordenação estadual da vacinação, que é do governo, que vai nos dar orientação na CIB. Nossa defesa é da ideia que o governador Rui Costa trouxe, de antecipação da vacinação da Astrazeneca", diz. "Está comprovado que essa vacina tem efetividade com duas doses contra a variante delta. A gente acredita que a antecipação é efetiva", afirmou.

Em nota divulgada ontem, a Fiocruz informou que continuava orientando o intervalo de 12 semanas para a vacina da Astrazeneca/Oxford. "A Fundação esclarece que o intervalo de 12 semanas entre as duas doses recomendada pela Fiocruz e pela AstraZeneca considera dados que demonstram uma proteção significativa já com a primeira dose e a produção de uma resposta imunológica mais robusta quando aplicado o intervalo maior", diz a nota. "Adicionalmente, o regime de 12 semanas permite ainda acelerar a campanha de vacinação, garantindo a proteção de um maior número de pessoas."

Já a Pfizer tem diferentes intervalos entre as doses sendo praticados em vários países. A bula recomenda 21 dias, mas o PNO estabeleceu o prazo de 12 semanas no Brasil, estratégia similar a de países como Canadá e França, entre outros. "Dados de estudos conduzidos nos Estados Unidos e Reino Unido, por exemplo, identificaram um maior pico de produção de anticorpos no esquema com intervalo de 12 semanas em relação ao esquema padrão de 21 dias", diz o Ministério da Saúde. Ou seja, pela fabricante um tempo menor não seria problema, visto que é o que consta em bula.

No Mato Grosso do Sul, o prazo entre a 1.ª e a 2.ª dose foi encurtado para oito semanas (56 dias) tanto para a Astrazenca quanto para a Pfizer. Goiás informou que está antecipando a segunda dose "em alguns dias". O Espírito Santo está antecipando para dez semanas o intervalo da Astrazeneca (70 dias) e o Maranhão diminui a espera dessa mesma vacina para oito semanas. Em Pernambuco, o estado autorizou que as cidades apliquem a segunda dose da Astrazenca de 60 a 90 dias depois da primeira.  No Rio, também houve antecipação desse imunizante.