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Secretário pede mais "sensibilidade" do governo federal em relação ao assunto
Da Redação
Publicado em 21 de setembro de 2021 às 06:59
- Atualizado há um ano
A Bahia tem 215 mil famílias, cerca de 1 milhão de pessoas, que têm perfil para receber o Bolsa Família, mas não têm acesso ao benefício, segundo dados do Consórcio Nordeste divulgados pela Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social do estado. O temor da pasta é que com o fim do auxílio emergencial a situação de crise para essas pessoas aumente.
Em fevereiro, eram 180 mil famílias com perfil sem acesso ao programa. O número tem aumentado, portanto. O secretário Carlos Martins critica o governo federal. "Enquanto Bolsonaro e Paulo Guedes se debatem em piruetas e promessas irreais, o povo sofre com o preço astronômico dos alimentos, o aumento da energia e da gasolina. O mais grave são as mais de 844 mil famílias em situação de pobreza e extrema pobreza que estão na fila do Bolsa Família em todo o Nordeste", diz.
O secretário alega que a crise fiscal impede estados e municípios de realizarem programas que ajudem no problema, afirmando que só o governo federal tem capacidade de investimento e de cobertura. Ele diz que a "fome não espera" e cobra "mais sensibilidade" do presidente.
Em todo o Brasil, segundo dados do Consórcio Nordeste de julho deste ano, 2.271 milhões de famílias em situação de vulnerabilidade social estão fora do programa. O número é maior do que o registrado em março deste ano, que foi de 1,880 milhão de famílias.
O Bolsa Família será reformulado pelo governo federal, passando a se chamar Auxílio Brasil. O valor pago será de R$300, que representa aumento de R$ 111 em relaçao ao valor médio pago atualmente. A previsão é que o programa entre em vigor em novembro.