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Da Redação
Publicado em 23 de fevereiro de 2022 às 14:22
- Atualizado há 2 anos
A secretária de Saúde da Bahia, Adélia Pinheiro, ficou revoltada com a decisão do Ministério da Saúde de reduzir em 62,5% o financiamento federal para manutenção dos leitos de covid-19 em todo o país. O valor da diária por leito, que era de R$ 1.600, passará a ser de apenas R$ 600.>
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De acordo com Adélia, a redução drástica impedirá que a Bahia mantenha todos os seus atuais leitos exclusivos para atender pacientes com a doença. “Isso é um absurdo! Decretaram o fim da pandemia pela via financeira. O dinheiro repassado pelo governo federal já não era capaz de cobrir os custos e tinha de ser completado por estados e municípios em todo o Brasil. Agora, a situação ficou ainda pior, pois o Ministério está fazendo economia às custas da saúde do povo brasileiro”, desabafou a secretária, que pontuou que, caso necessário, essa questão será judicializada.>
Atualmente, a Bahia tem 649 leitos de UTI Covid-19 em funcionamento. Para mantê-los, além do repasse federal, o Governo do Estado e os municípios teriam que arcar adicionalmente com mais de R$ 23 milhões por mês.>
Em contrapartida à redução do repasse para os estados, que já começa a valer na próxima segunda-feira (28), o Ministério da Saúde propôs incrementar o repasse para leitos de terapia intensiva de outras especialidades.>
“Os 1.226 leitos de UTI na Bahia que já se encontram habilitados, ou seja, já tinham algum financiamento, teriam um adicional de aproximadamente R$ 126,76 por dia. Ainda que esse incremento seja importante, a conta não fecha e a pandemia não acabou. Como saldo, a redução de recursos é substancial e essa mudança pode prejudicar a assistência”, conclui a secretária.>