Bahia teve queda de 16% no número de homicídios, diz SSP

Segundo os dados da polícia, houve redução em todas as modalidades de crimes no estado

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  • Gil Santos

Publicado em 9 de agosto de 2019 às 12:33

- Atualizado há um ano

O número de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs) na Bahia diminuiu 16% na comparação entre o primeiro semestre de 2018 e os primeiros seis meses de 2019. A informação é da Secretaria de Segurança Pública (SSP), que está divulgando nesta sexta-feira (9) o balanços das ocorrências neste momento no Centro de Operações e Inteligência, no Centro Administrativo da Bahia (CAB). 

Segundo os dados da SSP, foram registrados 3.079 casos de homicídio, latrocínio e lesão dolosa seguida de morte em 2018. Este ano foram 2.586 ocorrências desse tipo em todo o estado. Na capital, foram 604 situações no ano passado e 499 em 2019. A redução em Salvador foi de 17,4%. 

A maior redução foi na Região Metropolitana de Salvador onde 373 situações desse tipo foram registradas nos primeiros seis meses do ano passado e 301 este ano. A queda foi de 19,4%. No interior a redução foi de 15,1%, passando de 2.102 casos para 1.786 ocorrências. 

Os números vão de encontro ao que foi divulgado pelo Atlas da Violência, na semana passada, que apontou crescimento da criminalidade na Bahia e colocou cinco cidades baianas entre as 20 mais violentas do país. O Atlas usa dados de 2017.

A SSP informou que o número de roubo a veículos em Salvador também teve queda, passando de 2.948 casos para 2.412, com queda de 18,2%. As situações de furto de veículos teve redução de 4,8%, passando de 693 no ano passado para 660 este ano. 

Quando o assunto é roubo a banco na Bahia a queda foi de 19%, com 37 casos em 2018 e 30 em 2019. A polícia também contabilizou o número de roubo a estabelecimento comercial que, segundo os dados da SSP, reduziu de 1.035 para 662 ocorrências, ou queda de 36%. 

Em 2019, os policiais apreenderam 2.500 armas, oito fuzis, e realizou 9.247 prisões em flagrante. Foram cumpridos 1.722 mandados de prisão, e 2.401 adolescentes foram apreendidos. Entre janeiro de junho deste ano 8,7 milhões de pessoas foram abordadas por policiais na Bahia e outras 3,3 milhões de abordagens foram feitas em veículos. 

Já quando o assunto é a apreensão de drogas a maconha continua liderando. Foram 4,4 toneladas de maconha, 306 kg de cocaína, e 59kg de craque. 

O orçamento executado pela SSP foi de 2,4 bilhões com folha de pagamento, investimento e manutenção.

Tecnologia  Durante a apresentação do balanço de ocorrências, o secretário da SSP, Maurício Barbosa, lembrou que o sistema de Reconhecimento Facial da Secretaria da Segurança Pública da Bahia foi destaque nacional e internacional no primeiro semestre de 2019. Nas cidades de Salvador e Feira de Santana a ferramenta tecnológica auxiliou na captura de 39 criminosos foragidos da Justiça ou descumprindo critérios de prisão domiciliar.

Os criminosos foram flagrados por câmeras espalhadas nas estações de Metrô, Rodoviária, Aeroporto Internacional de Salvador, além das utilizadas em grandes eventos como o Carnaval, Micareta de Feiras e Copa América.

O secretário afirmou que até o início deste mês, a ferramenta alcançou a marca de 47 capturados. “Somos pioneiros e nos orgulhamos da Bahia ser referência no Brasil. Estados das regiões Sudeste e Sul estão montando os seus sistemas de reconhecimento facial espelhados no nosso”, afirmou. 

Ele acrescentou ainda que uma nova licitação está em curso para aquisições de mais câmeras. “Vamos avançar na Região Metropolitana de Salvador e nas maiores cidades do interior da Bahia, mantendo sempre o protocolo de apuração durante cada abordagem. Importante ressaltar que não tivemos erros, na Bahia, e isso graças à tranquilidade e preparo dos nossos policiais”, contou Barbosa.

Já o comandante geral da Polícia Militar, Anselmo Brandão, contou que uma força-tarefa foi montada para localizar os líderes de organizações criminosas, e que a prisão de alguns deles no ano passado ajudou a enfraquecer as quadrilhas. Ele atribui a queda na criminalidade a recursos empregados pela polícia no combate ao crime.   

“O ponto crucial dessas reduções, primeiro foram os investimentos. Nós estamos com praticamente toda a nossa frota renovada. Investimentos muito em tecnologia, que é um fator muito forte de prevenção. Outra coisa é o modelo e a forma como estamos operando, com uma repressão mais qualificada. Estamos elegendo as manchas criminais na capital e no interior e estamos em cima desses locais onde o crime é mais forte”, afirmou.