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Balés folclóricos da Bahia e de Ibagué, na Colômbia, animam noite no Pelourinho

Noite também contou com concerto instrumental com músicas colombianas

  • D
  • Da Redação

Publicado em 4 de junho de 2022 às 07:00

. Crédito: Foto: Paula Fróes/CORREIO

Duas nações, Brasil e Colômbia, que compartilham uma fronteira com extensão de 1.644,2 km, duas culturas parecidas e, ao mesmo tempo, completamente distintas. A apresentação dos balés folclóricos da Bahia e Ibagué, ocorrida na noite de sexta-feira (3), como parte da programação da Semana da Colômbia, mostrou a cultura dos dois países e o quanto os dois podem ser diferentes, apesar de compartilharem diversos traços históricos. 

A apresentação dos balés, que aconteceu no Largo do Cruzeiro de São Francisco, no Pelourinho, foi gratuita e o público compareceu em peso para assistir. De um lado, tínhamos saias coloridas, redondas, que eram giradas durante a dança, duas mulheres e dois homens se cortejando no balé colombiano. Do outro, tínhamos a saia típica da baiana do acarajé, branca e redonda, mulheres e homens que dançavam com o batuque do tambor do balé baiano. 

Depois de dois anos sem se apresentar, o Balé Folclórico da Bahia retornou hoje aos palcos. Vavá Botelho, diretor geral do balé, declarou sentir uma emoção imensa com o retorno, principalmente durante a Semana da Colômbia. “Foi um prazer e uma emoção muito grande voltar a nossa casa e ficamos muito felizes em poder dividir o palco, essa noite, com colegas artistas de outro país, esse intercâmbio é muito enriquecedor para a gente”, destacou. 

Segundo o diretor, a semana foi intensa de troca entre os dois balés. “Participamos de aulas, oficinas de dança e eles participaram das nossas atividades no nosso dia a dia no teatro. Eu espero que isso aconteça mais vezes”, disse Vavá. 

Sobre a apresentação, o balé realizou o mesmo espetáculo feito há 25 anos, em que eles mostram as principais manifestações folclóricas e populares, e também homenageiam a religião de matriz africana, com elementos que lembram os orixás, como Exú, Omulu, Iemanjá e Iansã. “Nosso objetivo é divulgar, preservar e mostrar ao mundo inteiro o valor da nossa cultura”, finalizou o diretor. 

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A gestora de projetos, Sabrina Terra, de 32 anos, assistiu a apresentação dos balés e ficou encantada. “Achei a apresentação incrível, a preparação corporal, as coreografias, tudo incrível. É uma energia muito forte, é muito gostoso ver a mistura do balé com a cultura popular”, afirmou. Já a assistente social Jacilene Nascimento, 47, ressaltou a importância desses eventos culturais em Salvador. “É muito importante conhecer a cultura de outros países, o estilo de música, de dança, é um enriquecimento para a população ter acesso a isso, traz muito conhecimento”, declarou. 

Na mesma noite, o grupo Café com Dendê, um concerto instrumental formado por venezuelanos e colombianos, tocou músicas colombianas. O participante do grupo, Orlando Afanador, 38, afirmou ter tido uma boa receptividade do grupo no Pelourinho e que a intenção da apresentação era mostrar um pouco da cultura do país. “A gente quis mostrar um pouquinho dos nossos ritmos e riquezas culturais para os baianos, ficamos muito felizes com o convite e espero que aconteçam mais semanas da Colômbia em Salvador”, desejou o artista. 

Quem estava aproveitando a apresentação do concerto, que contou até com uma dança do Balé Folclórico de Ibagué, foi a colombiana Martha Garces, 33, que está em Salvador desde o início de 2022 para fazer doutorado. Segundo ela, o evento é muito importante para que os baianos conheçam a cultura da Colômbia e veja o quanto ela é parecida com a da Bahia. 

“Eu acho que Salvador é uma cidade muito parecida com a nossa, Cali, que fica no mesmo nível do mar, é uma cidade com muita comunidade negra. Depois de Salvador, Cali é a cidade que tem mais população negra fora da África. Estar aqui me deixa próxima da minha cidade, de certa forma, porque são muito parecidas”, contou a colombiana. 

Martha estava acompanhada de dois amigos, a colombiana Diana Cifuentes, 36, que afirmou o quanto a cultura aproxima todos os povos: “Temos características que compartilhamos, a música e a dança é uma delas”. E também do moçambicano Givaldo Canarinho, 42. “A Bahia está de parabéns, essa parceria é muito legal, é um evento que dá para mostrar a ligação do Brasil com outros países. A cultura baiana me toca muito porque nasce da África. Adoro a Bahia e adoro Salvador”, completou.

A programação da Semana da Colômbia em Salvador chega ao fim neste sábado (4) com um jantar colombiano das 19h às 23h no Restaurante Escola do Senac, na Casa do Comércio. O evento conta com a produção especial do Chef Manuel Mendoza, Instrutores e Alunos do Senac. Mais informações e consulta de valores: https://www.ba.senac.br/semanadacolombiassa

*Com orientação da subchefe de reportagem Monique Lôbo