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Da Redação
Publicado em 24 de dezembro de 2020 às 10:25
- Atualizado há 2 anos
A atriz Beth Goulart, 59 anos, vai lançar um livro escrito por ela e pela mãe, Nicette Bruno, que morreu no último domingo (20) aos 87 anos de complicações da covid-19. Ela falou da novidade ontem, durante uma live comandada por Marcus Montenegro, autor do livro "Ser Artista".>
Beth contou que está finalizando o livro "Viver com Arte", que as duas escreviam juntas antes de Nicette adoecer.>
"O livro será basicamente de ensinamentos pessoais. Como eram as nossas palestras, que eu praticamente dava os temas e mamãe conduzia bravamente, o livro será assim também. Começará com o tema da superação, com a morte de papai", explicou, se referindo ao pai, o ator Paulo Goulart, que morreu em 2014 de câncer, aos 81 anos.>
Beth, que também é atriz, explicou que ela gosta mais de escrever e a mãe preferia falar e o livro unia a voz das duas. "Foi incrível esse livro, porque começamos a desenvolver isso... 'como a gente vai escrever em duas um livro só?'. Eu gosto mais de escrever e mamãe gostava de falar. Eu vou criar esse livro como uma voz única, uma grande narradora, condutora dos temas e das ideias. Eu começava a desenvolver o tema, a ideia, e eu passava a bola pra mamãe, que era quando ela dava as opiniões dela sempre maravilhosas, os ensinamentos dela sempre maravilhosos. O livro seguia um pouco isso".>
O livro começa falando da morte de Goulart. "Eu escrevo sobre isso, mamãe gravava, e foi indo. Como começamos a nossa carreira artística, como ela começou, como eu comecei e vamos contando sobre os temas básicos, os valores da vida, importância de saber perdoar, agradecer", explica.>
Beth contou que a família sempre foi muito unida e era a raiz de tudo, inclusive da arte - os filhos seguiram o caminho dos pais. Ela disse ainda como a relação familiar sempre foi a raiz que uniu todos eles, inclusive na arte. "Nascemos em um berço extremamente amoroso. Papai e mamãe eram almas gêmeas, praticamente. Talvez seja, realmente, um caso de almas gêmeas. Era um amor tão intenso, uma cumplicidade, um entendimento de almas. E nós fomos frutos desse encontro de almas. Nascemos em uma família em que o amor era o nosso dia a dia. O amor, a alegria, a cumplicidade e depois a arte. Nascemos em um espaço muito propício à arte se desenvolver. Encontramos ali um terreno fértil pra cada um desenvolver a sua semente", acredita. >