Black Friday: após manhã fraca, Shopping da Bahia tem corrida às lojas durante a tarde

Outros shoppings da capital baiana tiveram o mesmo crescimento; movimentação foi 10% maior que em 2019

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  • Wendel de Novais

Publicado em 26 de novembro de 2021 às 21:38

- Atualizado há um ano

. Crédito: Paula Fróes/CORREIO
. por Paula Fróes/CORREIO

Se pela manhã o movimento não foi lá essas coisas, a tarde desta sexta-feira (26) de Black Friday no Shopping da Bahia foi bem diferente. Já na entrada, o fluxo de pessoas entrando e saindo do local era intenso. Difícil era encontrar espaço livre para seguir caminho, assim como era complicada a missão de chegar nas principais lojas e não se deparar com filas grandes de clientes ansiosos para levar para casa o produto desejado no precinho. Tudo do jeito que um dia de promoção costuma ser em grandes estabelecimentos.

Um cenário que, no entanto, não intimidou quem estava na busca por um item tão sonhado. Caso do gari Anderson Santos, 24 anos, que não encontrou o preço ideal, mas garantiu sua Smart TV. "Eu tava nessa espera desde o início do ano pra assistir meu futebol de uma forma diferenciada, vai ser outra coisa. Esperava que o preço fosse mais baixo, mas tava meio salgado. Como tava me planejando, comprei mesmo assim", conta ele.[[galeria]]

E o preço? A avaliação de Anderson foi a mesma feita por muitos dos clientes que foram em busca de preços baixos. A empreendedora Jamile Souza, 29, até fez compras, mas não do que planejava por conta dos valores.

"Eu tô aqui desde 15h30 em busca de televisão, sofá e fogão, mas achei muito caro. Como vim aqui, peguei umas coisas pequenas de casa que estavam em conta. Porém, eletrodomésticos e essas coisas não tão com bons preços", afirma. 

Edilene Souza, 34, é atendente comercial e concordou com Jamile. Para ela, foi difícil encontrar as ofertas interessantes que costumava achar na Black Friday. 

"Os preços não agradaram. Eu mesma tô levando aqui algumas coisas que estavam uns R$ 20 mais baratas, mas não muito além disso. Alguns produtos específicos estavam baratos, mas não era o que eu procurava", diz Edilene, ressaltando que a ida ao shopping não compensou. 

Quem se deu bem com os preços baixos em produtos específicos foi Ariadne Siqueira, 27, que trabalha como caixa de restaurante e foi ao shopping só para passar o cartão para a irmã."Minha mãe e minha irmã estavam pesquisando e acharam um preço uns 40% mais baixo em fralda. Como ela tá fazendo o enxoval, corri pra cá para passar o cartão na loja. Um desconto que veio na hora certa pra gente", fala. Ariadne com os sobrinhos Isabelly e Michael e as compras (Foto: Paula Fróes/CORREIO) Balanço Salvador Shopping, Shopping Piedade, Center Lapa e Shopping Barra tiveram um perfil de movimentação semelhante ao Shopping da Bahia: baixa procura pela manhã e boa movimentação à tarde. No Barra, por exemplo, acredita-se que tenha sido o maior movimento do ano. Já no Shopping Itaigara, houve um aumento de 21% em relação ao que se teve na Black Friday de 2020. O saldo, de acordo com Paulo Motta, presidente do Sindicato dos Lojistas do Comércio do Estado da Bahia (Sindilojas), foi positivo. Motta evita comparações com o movimento em 2020, quando o funcionamento do comércio ainda engatinhava depois de um tempo fechado por conta da pandemia. Porém, afirma que o balanço de hoje é superior ao que foi visto em 2019.

"Em 2020, foi muito difícil, e o comércio estava funcionando de maneira precária. Temos como referência o mesmo dia de 2019, que também teve Black Friday. E, em relação a esse dia, projetamos um crescimento de 10% na movimentação e nas compras, o que é positivo para os lojistas", diz.

*Com orientação da subchefe de reportagem Monique Lôbo