Bloco de cinquentonas, fantasia e alegria: veja como foi o Pré-Carnaval do Carmo

O Santo Antônio Além do Carmo ferveu

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  • Vinicius Nascimento

Publicado em 20 de fevereiro de 2020 às 00:33

- Atualizado há um ano

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. por Marina Silva/ CORREIO

Personalidade forte e charme são duas características que costumam se destacar em qualquer multidão.  E em qualquer cidade. O Santo Antônio Além do Carmo é a prova desta máxima e fica bem no coração de Salvador.

Nesta quarta-feira (19), em mais um dia de Pré-Carnaval, o bairro também entrou na onda e fez a sua própria festa. Gente fantasiada, bloquinhos gratuitos, outros pagos, fantasias e muita paquera... 

Quem foi percebeu um público mais maduro, entre 40 e 50 anos. Uma festa de coroa, como bem descreveu a foliã Luciana Leite - que saiu no bloco Tomba (Toda Menina Baiana) e ainda curtiu a festa com a banda Marana. Mas idade não significa pouca animação. Todo mundo cantava as músicas e, volta e meia, ainda rolava chance de flerte. Ou frete, já que estamos em Salvador.

Para o advogado Felipe Farias, 43, a dificuldade para o acesso de veículos explica a menor frequência de jovens no público do bairro durante a folia. “Chegar e principalmente sair daqui é muito difícil, então acaba excluindo muita gente”, diz.

Às 18h, o pontual bloco Tomba saiu das imediações da Igreja do Carmo para fazer o circuito com destino à Cruz do Pascoal. Diretora do bloco, Eneida Isnard conta que foi o quarto ano da folia na rua, antes de destacar que o Tomba foi uma ideia de sete mulheres cinquentonas que queriam curtir a festa à sua maneira, com fanfarra, fantasias e grupos de percussão.

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“Estamos aqui pelo quarto ano com essa alegria enorme e é sempre uma satisfação fazer nosso bloquinho”, contou Eneida. Em 2020, o tema do Tomba foi “Santo Antônio de Todas as Carmens”, uma homenagem a Carmen Miranda, só que em uma releitura com menos frutas e tons de preto.

Entre os casais, estavam Manoel Alves e Rosane Vergne. Juntos há 29 anos, eles confirmam que amor de Carnaval existe, sim. O casal se conheceu durante a festa de Momo quando ainda moravam no Centro da Cidade.

“Eu morava ali no Pelourinho e ela, aqui no Carmo. E aí ficou esse amor de Carnaval. Como dizer que não existe?”, afirmou Manoel, que é mestre de capoeira e mais conhecido como Touro de Angola. Hoje, mora na Praia do Flamengo com a esposa, mas garante que não abandona a festa no Carmo por nada.

*com supervisão da subeditora Tharsila Prates

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