Boa sorte a Miller, Dionísio e Thiaguinho no Vitória!

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  • Paulo Leandro

Publicado em 13 de abril de 2022 às 05:10

- Atualizado há 10 meses

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Sejam muito bem vindos, Thiaguinho, Miller e Dionísio!

Três talentos do time Bicampeão do Bicentenário da Independência. O grande feito do Atlético de Alagoinhas ganha contornos de uma epopeia, tal a diferença de estrutura, histórico, poderes simbólico e político, entre outros itens.

Não conheço os bastidores de contratações, peguei um certo nojinho dos relacionamentos, mas estes três, tudo indica, seguem ainda aquele velho e extinto método (caminho) da capacidade, então, nada de indicações e outros atalhos invisíveis aos torcedores.

Muito jogador grosso ganhando demais, não sei como o pessoal arteiro consegue fazer certos implantes, ah, Lampião ainda fosse vivo... os exemplos de Thiaguinho, Miller e Dionísio são positivos porque são baseados na bola.

Os três agora estão no Vitória porque são bons e a televisão teve este mérito de multiplicar aos nossos olhares as jogadas deste trio inquieto e entrosado, levando o Carcará ao título.

Meus amigos pesquisadores Milton Filho, Ubiratan Brito e Luciano Santos podem lembrar outros episódios nos quais o Vitória socorreu-se de coirmãos para se levantar quando esteve caidinho, como ocorre agora na Série C.

Em 1989, a Revolução Rubro-Negra começou com Júnior e Hugo, fornecidos pelo Fluminense de Feira. Quando estivemos na terceirona, salvo engano, foi a vez de o Ipitanga ceder Índio, Bida e outros de excelente passagem pelo Leão.

É o encaixe perfeito, lembra talvez aquela ideia dos poros de Empédocles, os três dão certinho nas necessidades do Vitória e em via inversa, o manto do clube-pai, pioneiro do desporto, cabe direitinho nas revelações de Alagoinhas.

Algo interessante, para quem gosta de futebol, e não de MMA com bola, é o tipo físico dos três, todos esbeltos, prova viva de não ser condição necessária ficar fortão para cuidar da redonda, exceção de Hulk, aluno da nossa escola.

Uma característica capaz de referir o trio é a colocação para o arremate, considerando a possibilidade de a bola procurá-los, como no gol de Thiaguinho, aproveitando rebote, ao abrir o placar na final contra o Jacuipense.

Dionísio, em honra ao deus capaz de emprestar-lhe o nome, embriagou de alegria a torcida da querida cidade de Alagoinhas, com sua visão ampla de jogo, abastecendo o time pelas pontas ou achando o caminho do meio.

Miller, xará de dois goleadores dos melhores momentos do futebol (Müller, ex-são paulino e Seleção; Gerd Müller, da Alemanha), mostra jeito para tirar do goleiro, sem excessos, além de saber jogar com a bola no chão.

Deve-se também o êxito destes novos leões ao excelente trabalho de Agnaldo Liz, pois em vez de ficar gritando para rodar a bola, podando a criatividade, mostrou conhecimento, ao liberar os jogadores de meio pra frente.

Saibam Miller, Thiaguinho e Dionísio da nossa alegria em vê-los no Vitória, bom motivo para reunir os filhos rubro-negros natos e hereditários, mais o reforço do neto, e a resiliência do patriarca a fim de comemorar o sucesso dos três.

Mas cuidado com os excessos: se os resultados não vierem logo, vale ter a devida paciência, pois qualidade no passe, no toque de bola e na conclusão a gol não falta a nenhum dos três.

Paulo Leandro é jornalista e professor Doutor em Cultura e Sociedade