Bolsonaro afirma que não autorizou antecipação de auxílio emergencial

Anúncio foi feito pelo ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, e pelo presidente da Caixa, Pedro Guimarães, e, posteriormente, revogado

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  • Da Redação

Publicado em 23 de abril de 2020 às 16:24

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta quinta-feira (23) que o anúncio da antecipação da 2ª parcela do auxílio emergencial, na segunda-feira (20), foi realizado sem sua autorização. A medida foi revogada pelo governo.

O anúncio tinha sido feito em entrevista coletiva no Palácio do Planalto, com as presenças do ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, e do presidente da Caixa, Pedro Guimarães. Na quarta-feira (22), o mesmo Ministério voltou atrás e informou que a antecipação não iria acontecer, por causa de falta de recursos.

"Nada foi cancelado. Um ministro anunciou sem estar autorizado, que iria antecipar a segunda parcela. Primeiro se deve pagar a todos a primeira parcela, depois o dinheiro depende de crédito suplementar já que ultrapassou em quase 10 milhões o número de requerentes. Tudo será pago no planejado pela Caixa", disse Bolsonaro, em resposta a uma seguidora no Facebook. Ela tinha dito que o governo havia cancelado o auxílio. A resposta dada por Bolsonaro no Facebook (Foto: Reprodução) De acordo com a nota divulgada pelo Ministério da Cidadania na quarta-feira, o governo não antecipará o pagamento da segunda parcela do auxílio emergencial de R$ 600 por "fatores legais e orçamentários". Segundo a pasta, as três parcelas do auxílio vão exigir um desembolso de R$ 32,7 bilhões cada uma e já foram transferidos para a Caixa R$ 31,3 bilhões. Cerca de 12 milhões de trabalhadores ainda não receberam a primeira parcela.

Segundo a nota, o cronograma de pagamento da segunda parcela, previsto para começar nesta quinta-feira até quarta-feira que vem, dia 29, só será anunciado em maio.