Bolsonaro fará novo exame de coronavírus e ficará em isolamento

Presidente já fez um primeiro teste que deu resultado negativo para a doença

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  • Da Redação

Publicado em 13 de março de 2020 às 19:37

- Atualizado há um ano

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Bolsonaro fez live com ministro da Saúde, nesta quinta, usando máscara (Foto: Reprodução) Mesmo com o primeiro resultado do exame de coronavírus tendo dado negativo, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) vai repetir o teste no início da semana que vem, segundo o Estadão apurou. Ele também deverá ficar mais alguns dias em isolamento no Palácio da Alvorada.

A medida será necessária pelo tempo que o presidente passou no avião e ao lado do secretário da Comunicação, Fabio Wanjgarten, diagnosticado com a doença na quinta-feira.

O cardiologista Leandro Echenique afirmou à reportagem que o presidente deverá ficar mais um tempo em isolamento. "Ele segue de quarentena até o começo da próxima no Palácio do Alvorada. Precisa ficar isolado pelo menos sete dias depois do contato", disse ele ao Estadão.

Bolsonaro é principal termo associado ao coronavírus no Twitter, diz FGV

Um estudo elaborado pela Diretoria de Análise de Políticas Públicas da Fundação Getulio Vargas (FGV) mostra que desde terça-feira, 10, o presidente Jair Bolsonaro é o principal ator associado ao debate no Twitter sobre coronavírus, reunindo 8% dos tuítes de brasileiros. A única palavra-chave de maior presença que o nome do presidente, excluindo-se o termo "coronavírus", é "pandemia", com 9% de associação. Nenhuma outra autoridade política brasileira ou internacional, nem mesmo o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aparece com volume superior a 3% de presença no debate. A pesquisa também indica que o aumento de citações ocorreu a partir da divulgação de que o secretário de Comunicação do governo federal, Fabio Wajngarten, testou positivo para o vírus, e sob as especulações de que o presidente Jair Bolsonaro também estaria infectado.

Clique aqui para saber tudo sobre o coronavírus com informações confirmadas pelo jornal CORREIO Segundo a FGV, o pronunciamento e o teste de Bolsonaro foram fundamentais para pautar o debate. Na terça-feira 10, as postagens priorizavam informações a partir de boletins e de prevenção e na quinta-feira, 12, o número de tuítes já havia aumento em 900%. Há duas semanas, quando o assunto não era tratado como prioritário por autoridades brasileiras, humor e memes eram 42% do debate sobre coronavírus nas redes segundo a FGV.