Bolsonaro minimiza crítica de Trump sobre pandemia: 'Meu amigo, meu irmão'

Presidente dos EUA citou Suécia e Brasil como maus exemplos

Publicado em 6 de junho de 2020 às 08:30

- Atualizado há um ano

. Crédito: Arquivo AFP

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) minimizou as críticas feitas pelo colega americano, Donald Trump, à condução brasileira no combate à pandemia do novo coronavírus, na sexta-feira (5). Trump citou o Brasil como um exemplo a não ser seguido nas escolhas feitas nesse período.

Bolsonaro preferiu reforçar os laços que o unem a Trump e declarar que torce para que ele seja reeleito em novembro. 

"É meu amigo, é meu irmão. Falei com ele essa semana. Tivemos uma conversa maravilhosa. Um abraço, Trump. O Brasil quer cada vez mais aprofundar o nosso relacionamento. Torço para que seja reeleito. Trump, aquele abraço", afirmou ele, ainda ontem, diante do Palácio da Alvorada.

O comentário de Trump foi de que os EUA estariam com dois milhões de mortos pela covid-19 se tivesse seguido na pandemia o mesmo caminho da Suécia, país elogiado por Bolsonaro pela estratégia com menos isolamento social. O Brasil foi citado como país que enfrentou dificuldades por isso.

"Se você olhar para o Brasil, eles estão passando por dificuldades. A propósito, eles estão seguindo o exemplo da Suécia. A Suécia está passando por um momento terrível. Se tivéssemos feito isso, teríamos perdido 1 milhão, 1 milhão e meio, talvez até 2 milhões ou mais de vidas", afirmou o presidente dos EUA.

Os EUA são o país com mais casos do novo coronavírus no mundo - são 1,9 milhão de infecções e mais de 108 mil mortos.

O Brasil é o segundo em número total de casos, com mais de 645 mil infecções, de acordo com o Ministério da Saúde, e 35 mil mortes. O país tem a maior taxa de aceleração da doença no mundo hoje, registrando mais casos e mortes diariamente que os EUA.