Bolsonaro: 'Se Brasil não tiver voto impresso, vamos ter problema pior que os EUA'

Presidente falou a apoiadores e manteve a tese de que houve fraude eleitoral no país norte-americano

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  • Da Redação

Publicado em 7 de janeiro de 2021 às 11:30

- Atualizado há um ano

. Crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira (7) que o Brasil corre o risco de ter as eleições de 2022 questionadas  e manifestações, como aconteceu nos Estados Unidos, caso não haja voto impresso. "Se nós não tivermos o voto impresso em 22, uma maneira de auditar o voto, nós vamos ter problema pior que os Estados Unidos", disse Bolsonaro a apoiadores no Palácio do Alvorada.

Ao contrário de outros governos, que condenaram o episódio, a administração brasileira não se manifestou. 

Apesar de autoridades americanas negarem evidências de fraudes, ele insistiu nesta tese. "O pessoal tem que analisar o que aconteceu nas eleições americanas agora. Basicamente, qual foi o problema, a causa dessa crise toda. Falta de confiança no voto. Então, lá, o pessoal votou e potencializaram o voto pelos correios por causa da tal da pandemia e houve gente lá que votou três, quatro vezes, mortos que votaram. Foi uma festa lá. Ninguém pode negar isso daí", continuou Bolsonaro.

"Então, a falta desta confiança levou a este problema que está acontecendo lá. E aqui no Brasil, se tivermos o voto eletrônico em 22, vai ser a mesma coisa", afirmou o presidente.

Em um vídeo divulgado por um canal bolsonarista, Bolsonaro também fez diversos ataques à imprensa. "A fraude existe. Daí a imprensa vai falar 'sem prova, ele diz que a fraude existe'. Eu não vou responder esses canalhas da imprensa mais. Eu só fui eleito porque tive muito voto em 18. Não estou falando que vou ser candidato ou que vou disputar as eleições", disse Bolsonaro.

O presidente brasileiro também criticou o fato de Trump ter tido suas redes sociais bloqueadas após publicações favoráveis aos invasores.

"Pode ver: ontem, nos Estados Unidos, bloquearam o Trump nas mídias sociais. Um presidente eleito, ainda presidente, tem suas mídias bloqueadas", declarou.