Brasil: rumo ao crescimento econômico

Linha Fina Lorem ipsum dolor sit amet consectetur adipisicing elit. Dolorum ipsa voluptatum enim voluptatem dignissimos.

  • Foto do(a) author(a) Armando Avena
  • Armando Avena

Publicado em 12 de julho de 2019 às 05:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: .

Com a reforma da Previdência aprovada na Câmara de Deputados, o Brasil está pronto para retomar o crescimento econômico, logo que seja aprovada no  Senado. Reformar  a Previdência não é uma panaceia que tudo resolve, mas acena com a estabilidade fiscal e com a redução gradual da dívida pública, e completa, juntamente com a inflação sob controle e o câmbio flutuante, o tripé básico para viabilizar o crescimento. A reforma tem enorme força psicológica e real, pois avaliza o longo prazo, afiançando que o Estado brasileiro não vai quebrar e garantindo que os empresários nacionais e estrangeiros podem investir no país com segurança. Com a reforma aprovada, o governo pode liberar recursos para viabilizar as privatizações e concessões e abre espaço orçamentário para que haja investimento em infraestrutura diretamente ou através de financiamentos. 

A reforma da Previdência e o acordo entre o Mercosul e a União Europeia são dois potentes motores que vão impulsionar a retomada da economia. E engana-se quem acredita que os efeitos do acordo vão demorar a ser sentidos pela  economia. Eles se darão imediatamente, pois empresas  terão de investir agora se desejam  atingir o enorme mercado europeu que se abre para o Brasil. Com esses dois motores com carga total, se o ministro da Economia, Paulo Guedes, for rápido na implantação das medidas indispensáveis para o destravamento da economia, o PIB vai reagir ainda este ano e crescer mais que o esperado no segundo semestre. 

Um pacote de medidas já está engatilhado no Ministério da Economia e ele inclui de imediato uma injeção poderosa de recursos no sistema econômico, canalizados pela liberação do PIS/Pasep e de parte das contas, inclusive ativas, do FGTS. Outras medidas já engatilhadas pelo governo estimulam diretamente o mercado de consumo, através da proposta de barateamento e facilitação do crédito, inclusive com novas formas de garantia, como, por exemplo, o  imóvel ou automóvel já quitados, mas, fundamentalmente, com uma nova redução da taxa Selic prevista para a próxima reunião do Copom. 

Aqui torna-se fundamental a intervenção governamental para reduzir o spread bancário, mas, de todo modo, a injeção de recursos vai estimular o consumo, fazer deslanchar as vendas no comércio e crescer o  PIB e já há quem aposte num crescimento de 1,5% ainda este ano. Essas medidas vão aquecer a demanda imediatamente, estimular o comércio e os serviços e reduzir a capacidade ociosa das empresas, abrindo a porta para os investimentos. E essa porta vai ser escancarada se for concretizado, como tudo faz crer, o choque de energia barata, com a redução do preço do gás natural,  que se constituí  um dos maiores impeditivos ao investimento industrial, e com a Petrobras saindo do mercado do gás, medida já aprovada pelo Cade – Conselho Administrativo de Defesa Econômica. 

 Além disso, o programa de privatizações do governo terá dezenas de empresas a serem privatizadas, gerando uma receita estimada em R$ 100 bilhões em desestatizações, incluindo aí as refinarias da Petrobras, os gasodutos, a Eletrobras,  e muitas outras. Para completar, já está previsto a redução das tarifa de importações de bens de capital e de bens de informática, o que vai baratear ainda mais os investimentos das empresas. E outras medidas estão engatilhadas no revólver de Paulo Guedes, a exemplo da Reforma Tributária e de medidas com o intuito de desburocratizar a atividade econômica. É verdade que a reforma da Previdência passou apenas pela Câmara de Deputados e que o Senado Federal só irá apreciá-la a partir de 1º de agosto, quando o Congresso Nacional volta do recesso e, ainda assim, precisará aprová-la sem modificações para que ela não volte à Câmara, o que atrasaria, sobremaneira, a retomada econômica. De todo modo, não há dúvida de que  o governo Bolsonaro obteve vitórias expressivas no campo econômico e pode ficar parecido com o padrão Donald Trump, um presidente que diz e faz bobagens todos os dias, mas que recuperou a economia americana, que hoje cresce 3% ao ano, e viabilizou a menor taxa de desemprego em 18 anos.

EMPREGO NA BAHIA Os cinco municípios que mais geraram emprego com carteira assinada na Bahia nos cinco primeiros meses do ano foram: Salvador, Eunápolis, Juazeiro, Alagoinhas e Barreiras. Juntos, geraram mais de 40% dos 26 mil empregos gerados na Bahia. Em Salvador, destacou-se o setor da construção civil, que gerou mais de 3 mil empregos com carteira assinada, mas a área comercial continua eliminando empregos. Nos demais municípios, o destaque é a área de serviços e a agropecuária. Se o corte for setorial, quem gerou mais empregos na Bahia foi a construção civil, com 8,3 novos postos de trabalho, seguido da agropecuária, com 8,1 mil, e do setor serviços, com 7,5 mil novos empregos. O único setor que ainda não se recuperou é o comércio, que registrou a eliminação de 2,7 mil postos.

BANCO DA BAHIA A Bahia sempre teve tradição financeira no Brasil e o primeiro banco privado do país foi o Banco Econômico. Depois, em 1858, surge, em Salvador, com foco no fornecimento de linhas de crédito para agricultores, o Banco da Bahia, da família baiana Mariani, e Clemente Mariani chegou a ser ministro da Fazenda no governo Jânio Quadros.  O Banco Econômico sofreu intervenção do governo federal e o Banco da Bahia tornou-se o BBM S.A. Em 2016,  BBM S.A, foi comprado pelo BoCom – Bank of Communications, da China, um dos 5 maiores do país, que montou o  Banco BoCom BBM S.A. A família Mariani perdeu o controle acionário, mas  ficou com 20% das ações, e  Pedro Henrique Mariani foi nomeado  CEO do conglomerado. Hoje, o  Banco BoCom BBM.SA. detém uma licença bancária multifuncional no Brasil e tem filial  nas Bahamas. E como os negócios da Bahia com os chineses estão aumentando, o BoCom está nomeando um diretor de designação especifica para a filial em Salvador.

JOÃO É DEUS João Gilberto é o que de melhor produziu o Brasil. É tão grande quanto Machado de Assis, Villa-Lobos, Chiquinha Gonzaga, Drummond, Pelé e tantos outros que eram gênios naquilo que faziam.  O Brasil gosta de destruir seus ídolos e de exercitar preconceitos, mas João Gilberto é indestrutível. E basta ouvir sua música para concordar com Caetano Veloso, que dizia crer  em João Gilberto de modo sobrenatural. Caetano lembra uma professora da New York University, Barbara Browning, que criou nos anos 1990, o “Cult of João Gilberto the Divine”. Eu também creio em João Gilberto e ele aparece ressuscitado sempre que o ouço cantar. O canto e a batida de João Gilberto são coisas de deus. E como todo deus ele teve um profeta, Chet Baker, uma jazzista americano do qual ninguém fala, mas lhe mostrou novos caminhos. João Gilberto é coisa de Deus. Que Ele o tenha.