Receba por email.
Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Linha Fina Lorem ipsum dolor sit amet consectetur adipisicing elit. Dolorum ipsa voluptatum enim voluptatem dignissimos.
Da Redação
Publicado em 27 de março de 2020 às 13:19
- Atualizado há um ano
Estamos abalados por uma pandemia originada na China e que se alastrou mundo afora levando dor, aflição e insegurança a todos. No mundo, já são mais de meio milhão de infectados. O Brasil tem quase três mil cidadãos diagnosticados com a doença e dezenas de mortes foram confirmadas.
É imprescindível que sejam resguardados os mais idosos e as pessoas com doenças graves e imunidade comprometida. Sem sombra de dúvida, todos devemos manter afastamento social, para reduzir a ascensão exponencial da curva de infectados e consequentemente, diminuir a necessidade de leitos de UTI e de respiradores, já escassos em todo o território nacional. Com isso, evita-se o colapso do sistema de saúde. Na Itália, hoje epicentro da doença na Europa, o prefeito de Milão, Giuseppe Sala, fez um mea culpa ao admitir que foi um erro apoiar a campanha para a cidade não parar há cerca de um mês. Foto: Acervo Pessoal A economia do País deve parar, então? Setores essenciais como transporte, agropecuária, saneamento, indústria e logística não podem ser descontinuados. Ao Brasil, não é permitido sucumbir, ainda mais por inanição da economia: as consequências serão desastrosas, com possibilidade de convulsão social.
Está faltando ao nosso País uma linha de direção, um planejamento para a atual crise mundial. Divergências pipocam em todas as esferas dos poderes federal, estaduais e municipais, cada um adotando a postura que considera mais acertada para proteger os seus domínios. Contudo, isso gera conflitos desnecessários em um período que deveria ser de total união. Afinal, somos uma grande e forte nação, a ser ser tratada com respeito e sabedoria.
O Brasil necessita com urgência saber aonde pretende chegar e as ações a serem implantadas ao longo do tempo. Carecem de segurança trabalhadores, para programar o abastecimento de suas casas e a educação de seus filhos e empregadores, para adotarem decisões estratégicas. Ou seja, todos precisamos de uma direção, de um caminho seguro, para que não surjam problemas ainda mais graves do que a própria pandemia.
Por tudo isso, deixo aqui uma solicitação ao Presidente da República: a formação, pelo Governo Federal, de uma equipe de notáveis, principalmente das áreas de saúde e de economia, para elaborar estratégias no enfrentamento desta grave crise. Esse grupo deve ser o porta-voz oficial das decisões, indicando a correta forma de agir de modo a preservar a saúde dos cidadãos, sem impedir a retomada da produção.
Para a sobrevivência das corporações e dos empregos, para o bom funcionamento das indústrias, do setor de saúde e, sobretudo, da distribuição dos alimentos, urge enfrentar a crise e planejar a forma de vencê-la. A nossa brava gente reclama passos concretos para a solidificação de um estado democrático, soberano e seguro, que respeite a diversidade. Só assim construirá em paz o seu futuro.
*Félix Mendonça Jr. é deputado federal, presidente estadual do PDT-BA