Cadeirante brasileira diz que foi deixada no chão em aeroporto na Alemanha

A confusão começa quando a brasileira tentava sair do avião

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  • Da Redação

Publicado em 3 de setembro de 2019 às 00:02

- Atualizado há um ano

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Uma brasileira passou por uma situação constrangedora em um aeroporto na Alemanha. Cadeirante, Aline Barros gravou um vídeo em que está caída no solo pedindo ajuda para ser colocada na cadeira de rodas em Frankfurt. Ela afirmou que não teve auxílio dos funcionários do aeroporto. Mineira, Aline tinha visitado a família no Brasil e retornava para Dublin, na Irlanda, onde mora. O voo teve conexão na cidade alemã.

“Bom, estou de estômago para o chão, e vou tentar levantar e procurar alguém para me ajudar, porque aqui eles não querem me ajudar. E está todo mundo aqui, mas não conversam comigo. Eles não querem empurrar a minha cadeira. Eu vou lá fora e encontrar alguém”, diz Aline no vídeo.

A confusão começa quando a brasileira tentava sair do avião. Sem movimentos nas pernas e tronco, ela precisa de ajuda para deixar a aeronave. “O pessoal da assistência, dois rapazes, um que me transfere. Um me pega pelo braço. Me pega aqui, embaixo do braço, e o outro pega no meu joelho e me transfere para a cadeira. Quando ele foi me transferir, ele afrouxou. Ele me levantou e afrouxou a mão. Meu corpo projetou pra frente. Eu não tenho controle de tronco. Ele deu uma risada sarcástica e me soltou no chão. Eu caí em cima da minha perna que está operada. Eu chorava, eu pedia e eu implorava e ninguém me voltava pra cadeira”, diz.

Outros funcionários passaram e também não ajudaram, diz a brasileira. A mãe dela, de 70 anos, tentou socorre e elas precisaram esperar ajuda dos bombeiros para que Aline fosse colocada na cadeira de rodas e pudesse seguir para o voo rumo a Dublin.

O aeroporto de Frankfurt e a companhia Lufthansa informaram não saber do caso. A agência de viagens brasileira responsável por agendar as passagens diz que pediu assistência para a cliente em todos os aeroportos pelos quais ela passaria.

Aline é paraplégica desde 2007, quando foi atropelada na Irlanda.