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Áudios revelaram um esquema que privilegiava a liberação de verbas da pasta a municípios ligados a pastores
Da Redação
Publicado em 28 de março de 2022 às 13:14
Após afirmar que colocaria a “cara do fogo” pelo ministro da Educação, Milton Ribeiro, o presidente Jair Bolsonaro (PL) foi convencido por aliados a tirar o pastor da equipe governista para evitar mais desgaste.
O Antagonista apurou que ele deixará o cargo no dia 1º de abril e será substituído por Garigham Amarante, hoje diretor de Ações Educacionais do FNDE e apadrinhado de Valdemar Costa Neto.
Ribeiro está no centro de uma crise no MEC, que se intensificou na semana passada, quando o jornal Folha de S. Paulo revelou um áudio que mostra o ministro, em uma reunião com prefeitos, dizendo que, a pedido de Bolsonaro, repassa verbas do ministério a municípios escolhidos por pastores.
Após a denúncia, começaram a surgir denúncias de prefeitos de que os pastores favorecidos no MEC cobravam propina dos municípios para a liberação das verbas.
Alguns aliados defenderam uma licença de Ribeiro, mas a preferência é pela demissão.
Entre os pedidos de propina relatados estavam, segundo os prefeitos, depósitos de R$ 15 mil e pagamentos em ouro. A PF já abriu inquérito para investigar eventuais irregularidades em repasses do MEC.