Câmara Empresarial do Turismo debate impacto de canonização de Irmã Dulce

Cerimônia promete estimular turismo religioso na capital baiana

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  • Da Redação

Publicado em 17 de julho de 2019 às 14:31

- Atualizado há um ano

. Crédito: Arquivo CORREIO

A canonização de Irmã Dulce será apenas no dia 13 de outubro, mas desde o momento do anúncio de que ela se tornaria santa, já foi possível verificar um impacto no turismo baiano. Esse, inclusive, será o tema da próxima reunião da Câmara Empresarial do Turismo (CET) da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo da Bahia (Fecomércio-BA).

O encontro acontecerá na quinta-feira da semana que vem, dia 25, a partir das 8h30, no 9º andar da Casa do Comércio. A ideia é discutir como a canonização de Irmã Dulce terá impacto no Turismo Religioso de Salvador. Para isso, o coordenador da CET, José Manoel Garrido, receberá a superintendente das Obras Sociais Irmã Dulce (Osid), Maria Rita Lopes Pontes, e o Padre Manoel de Oliveira Filho, que coordena a Pastoral do Turismo. Ambos apresentarão o roteiro turístico da Cidade Baixa e mostrarão como ele pode ser fortalecido com a canonização de Irmã Dulce.

A cerimônia de canonização vai ser realizada no dia 13 de outubro, com cerimônias em Roma, na Itália, e em Salvador. A cerimônia acontecerá às 10h no Vaticano e será celebrada pelo papa Francisco. A partir dessa data Dulce será chamada de Santa Dulce dos Pobres (seu nome de santa). 

O Vaticano anunciou no dia 14 de maio que a freira baiana Irmã Dulce será proclamada santa. Com o decreto autorizado pelo Papa Francisco reconhecendo um novo milagre atribuído à intercessão de Irmã Dulce, a beata será proclamada Santa em solene celebração de canonizações. 

Religiosa da Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, Irmã Dulce nasceu em Salvador em 26 de maio de 1914 e ali morreu em 22 de maio de 1992. Irmã Dulce foi beatificada em 22 de maio de 2011, em cerimônia no Parque de Exposições. 

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O processo da causa da Canonização de Irmã Dulce foi iniciado em janeiro de 2000. Com o início do processo, seus restos mortais, que desde 1992 (ano de seu falecimento) estavam na Igreja da Conceição da Praia, foram então transferidos para a Capela do Convento Santo Antônio, na sede das Obras Sociais Irmã Dulce (Osid), também em Salvador.

A validação jurídica do virtual milagre presente no processo foi emitida pela Santa Sé em junho de 2003. Já em abril de 2009, o Papa Bento XVI reconheceu as virtudes heróicas da Serva de Deus Dulce Lopes Pontes, autorizando oficialmente a concessão do título de Venerável à freira baiana. O título foi o reconhecimento de que Irmã Dulce viveu, em grau heróico, as virtudes cristãs da Fé, Esperança e Caridade.

Irmã Dulce
Infogram

O voto favorável e unânime da Congregação para a Causa dos Santos, que levou ao título de Venerável, havia sido concedido em 2008 e anunciado em janeiro de 2009 pelo colégio de cardeais, bispos e teólogos após a análise da Positio – documento canônico misto de relato biográfico e das virtudes e resumo dos testemunhos do processo. Os teólogos que estudaram a vida e as obras de Irmã Dulce a definiram como a “Madre Teresa do Brasil”, pelas semelhanças do seu testemunho cristão com a Beata de Calcutá, sendo “um conforto para os pobres e um exame de consciência para os ricos”.

O título de Bem-Aventurada Dulce dos Pobres foi concedido depois que foi reconhecido como milagre a salvação, pela intercessão de Irmã Dulce, da sergipana Cláudia Cristiane Santos. Em janeiro de 2001, ela sofreu durante 18 horas com sangramentos após o parto do seu filho, Gabriel, na Casa de Saúde e Maternidade São José, na cidade de Itabaiana. Após o padre José Almí de Menezes rezar por Irmã Dulce, Cláudia se viu curada instantaneamente.  Cláudia e seu filho Gabriel: salvos no primeiro milagre de Irmã Dulce (Foto: Reprodução) No dia 9 de junho de 2010 é realizada a exumação e transferência das relíquias (termo utilizado para designar o corpo ou parte do corpo dos beatos ou santos) da Venerável Dulce para sua capela definitiva, localizada na Igreja da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, situada ao lado da sede da Osid, no Largo de Roma. A Capela das Relíquias foi construída na própria Igreja da Imaculada Conceição, erguida no local do antigo Cine Roma e do Círculo Operário da Bahia, construídos pela freira na década de 40.