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Campanhas de Lula e Bolsonaro decidem adotar distância regulamentar da Bahia


 

Por Jairo Costa Júnior

  • Jairo Costa Jr.

Salvador
Publicado em 25/07/2022 às 05:00:00
Atualizado em 19/05/2023 às 10:27:37
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O comando das campanhas do presidente Jair Bolsonaro (PL) e do ex-presidente Lula (PT) estão decididos a manter distância regulamentar da disputa pelo governo baiano, diante da certeza de que têm quase nada a ganhar e muito a perder com a interferência direta na sucessão estadual. Em ambos os polos de poder, qualquer envolvimento mais intenso na corrida pelo Palácio de Ondina é visto como fator de risco desnecessário em um cenário de duelo apertado na briga pela Presidência, na qual a Bahia é considerada estratégica tanto para Lula quanto para Bolsonaro. A participação, segundo integrantes das duas campanhas, deve se limitar ao apoio expresso e ponto final.

Sinais de fumaça Do lado de Bolsonaro, a tendência ficou evidente com a ausência do presidente da convenção que conformou a candidatura do ex-ministro João Roma (PL), realizada da sexta passada. Até o momento, Lula não confirmou se virá ao ato do pré-candidato do PT, Jerônimo Rodrigues, marcado para sábado que vem, no Parque de Exposições de Salvador.         

Domínio de território O resultado de uma ampla pesquisa quantitativa encomendada pela União Brasil disseminou o clima de otimismo no QG da pré-campanha do ex-prefeito ACM Neto ao governo. Das 219 páginas do relatório elaborado por um instituto de pesquisa conhecido pela alta precisão nas sondagens para governador do estado e prefeito de Salvador, a página 150 é uma das principais razões para o ânimo. Ela mostra que ultrapassa com folga os 50% de intenções de voto em todas as sete mesorregiões analisadas. Em Salvador e RMS, Centro Norte e Nordeste, Neto tem mais de dois terços da preferência. No Sul e Centro-Sul, beira os 60%. No Vale do São Francisco e Extremo-Oeste, passada metade mesmo com a margem de erro.

Reta final Nas próximas duas semanas, ACM Neto vai começar a discutir a escolha do nome que ocupará a vaga de vice com os partidos da sua base. Inicialmente, afirmam aliados do ex-prefeito, ele começará as conversas com partidos que estão na briga direta pelo espaço, pesando prós e contras de cada alternativa na mesa, ainda sem apresentar veredito. Mas anúncio, apostam, só deve sair aos 45 minutos do segundo tempo, no dia ou mesmo após a convenção de 5 de agosto. 

Olho na herança Com a morte do ex-prefeito de Itabuna Fernando Gomes, a dúvida é quem vai herdar o eleitorado cativo do mais popular político da cidade, que comandou por cinco vezes. Três nomes despontam na fila de cotados: o atual prefeito; Augusto Castro (PSD); o vice, Enderson Guinho (União Brasil); e o ex-prefeito Capitão Azevedo (União Brasil), que lidera o páreo por ter sido cria política de Gomes.

Na agulha A Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) vai incluir, em breve, a principal ação da Faroeste na pauta de julgamentos do colegiado prevista para curto prazo. Na fila, estão pedidos de alvos que cumprem prisão e desembargadores afastados por envolvimento com o esquema de corrupção na Justiça baiana.Colocar em dúvidas as urnas eletrônicas ou o resultado das eleições é inadmissível, como também é fugir do que diz a Constituição. Não dá para concordar com conspiração Cacá Leão, deputado federal e pré-candidato ao Senado pelo PP