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Campanhas dos mais de mil candidatos baianos já custaram R$ 80 milhões


 

  • Luan Santos

Publicado em 21/09/2018 às 05:00:00
Atualizado em 18/04/2023 às 22:21:08
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Os mais de mil candidatos baianos já gastaram R$ 80,1 milhões em suas campanhas  nas eleições deste ano. O valor corresponde a 66% de tudo que eles arrecadaram  até agora para a disputa, cuja soma está em torno de R$ 120,4 milhões, segundo  dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Do total de despesas já contratadas, R$ 61,7 milhões já foram pagas aos mais diversos prestadores de serviços. Deste  volume já pago, R$ 57,9 milhões são oriundos do Fundo Eleitoral – recurso público  destinado à campanha – e R$ 3,8 milhões vêm de recursos privados. Entre as  receitas arrecadadas pelos postulantes no estado, 91,8% são oriundas do Fundo  Eleitoral (R$ 110,5 milhões) e 8,2% (R$ 9,8 milhões) de recursos privados. 

Nacional Em todo o país, as campanhas já custaram R$ 3 bilhões, sendo 92,65% deste  volume oriundos de recursos públicos e 7,35% de fontes privadas. Os candidatos já arrecadaram R$ 4,4 bilhões para financiar suas campanhas, com 89,93% vindos do Fundo Eleitoral. 

Mais caros Na Bahia, a campanha mais cara até agora é do governador Rui Costa (PT), que  concorre à reeleição. O petista já contratou despesas que somam R$ 5,4 milhões – enquanto a arrecadação está em R$ 3,6 milhões –, o que equivale a mais que o  dobro em relação ao segundo colocado entre os candidatos ao governo, Zé Ronaldo  (DEM). O democrata contratou despesas que no valor de R$ 2,32 milhões e tem  receita de 2,33 milhões até agora. No total, os postulantes ao Palácio de Ondina já gastaram R$ 9,9 milhões, correspondente a 12% das despesas contratadas pelo total de candidatos baianos. 

Habeas corpus negado O ministro Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou um pedido de habeas corpus de Tito Eugênio Cardoso de Castro, ex-prefeito de Riacho de Santana, no Sudoeste da Bahia. Ele foi preso em 2016 durante a operação Imperador, da Polícia Federal, que investigava um esquema de fraudes em licitações que movimentaram recursos da ordem de R$ 100 milhões. A defesa do ex-prefeito se queixa da demora no julgamento da ação. Barroso, contudo, disse que o argumento não se justifica diante da pluralidade de réus.

Alvo do MP Seis anos após o fim de sua gestão, o ex-prefeito de Salvador João Henrique (PRTB) virou alvo do Ministério Público estadual (MP). Ontem, o MP abriu um inquérito para apurar uma representação feita pela 13ª Promotoria de Justiça da Infância e Juventude, que encontrou “diversas irregularidades na gestão municipal durante  o exercício de 2011, cuja responsabilidade é atribuída ao ex-prefeito”, diz o órgão, que não especificou o objeto da investigação. 

Em debate As discussões sobre o chamado ‘voto útil’ e o voto das mulheres tomaram conta do Twitter nas últimas semana, segundo monitoramento da Fundação Getúlio Vargas. Todas as 2,5 milhões de interações sobre os presidenciáveis tratavam dos dois temas. "Há uma questão de judicialização do processo político muito clara no Brasil, muito forte. Há muitas hipóteses que atraem a condição de inelegibilidade dos candidatos e isso permite essa judicialização excessiva do processo", Paula Bernadelli, advogada, especialista em Direito Eleitoral, à Agência Câmara, ao afirmar que considera que há uma ‘intervenção’ da Justiça nas eleições, o que, na visão dela, cria um cenário de instabilidade para o eleitorado, uma vez que os registros de candidatura acontecem junto com a campanha eleitoral. Em todo o Brasil,  dos 29.098 pedidos de candidaturas, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já negou o registro de 1.210 candidatos