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Campo Grande e Av. Centenário são os desafios para o Carnaval de 2020


 

Número de dias da folia permanecerá o mesmo no ano que vem

  • Gil Santos

Publicado em 06/03/2019 às 16:44:00
Atualizado em 19/04/2023 às 13:00:09
. Crédito: Foto: Betto Jr/ CORREIO

Faltam 351 dias para o carnaval de 2020 e você já pode colocar o relógio do instagram para fazer a contagem regressiva. O quê? Acha que o CORREIO está se antecipando? Pois fique sabendo que a prefeitura de Salvador já está organizando uma reunião com os dirigentes de blocos carnavalescos e artistas para discutir a festa momesca do ano que vem.

O esvaziamento do circuito Osmar (Campo Grande) e o engarrafamento da Avenida Centenário, na Barra, estão no radar do município. O palco do Rio Vermelho e o Pipoco de Léo Santana serão mantidos no ano que vem, e o Carnaval organizado pelos moradores do Santo Antônio Além do Carmo será autorizado mais uma vez pela prefeitura. ACM Neto durante entrevista nesta quarta-feira de Cinzas (Foto: Betto Jr/ CORREIO) Nesta quarta-feira de cinzas (6), o prefeito ACM Neto divulgou os números da festa de 2019 e contou que vai se reunir com representantes de blocos e artistas para pensar alternativas para o circuito mais tradicional da folia. Ele frisou que se o munícipio não tivesse contratado atrações para desfilar sem corda no Campo Grande, o mais provável era de que a festa não tivesse acontecido no Centro.

“Os principais artistas têm uma preferência pelo circuito Barra/ Ondina e a cidade não comporta só um circuito. A prefeitura fez a sua parte, mas também vai precisar discutir a partir da próxima semana com empresários, artistas, e entidades o conteúdo do Carnaval de Salvador. Esse é um desafio que temos para 2020”, afirmou.

ACM Neto contou que as estratégias para revitalizar o Osmar ainda serão pensadas, mas que vai precisar da colaboração de todos os envolvidos na festa. “Isso não depende apenas do poder público, depende de uma conjunção de todos. O que pudermos fazer será feito no sentido de ter um conteúdo mais fortalecido e equilibrado por toda a cidade”. Palco do Rio Vermelho foi novidade em 2019 e será mantido em 2020 (Foto: Almiro Lopes/ CORREIO) Centenário Quem foi curtir o Carnaval na Barra dever ter percebido o congestionamento que se formou na Avenida Centenário. Mesmo com a presença dos agentes de trânsito da prefeitura e com o uso de sinalizações, o trânsito ficou caótico. Melhorar a mobilidade e o acesso aos circuitos é o segundo desafio listado pelo prefeito para o ano de 2020.

“O aumento de veículos na Avenida Bonocô foi de 33%, na comparação com o ano passado. No Rio Vermelho foi de 90%. Isso significa que o folião buscou os aplicativos para acessar a folia, isso gerou retenção e, em alguns trechos, trouxe dor de cabeça em relação ao trânsito da cidade. Estamos pensando quais são as medidas que podem ser tomadas para o próximo ano”, afirmou.

O número de turistas superou o esperado. Durante o Carnaval, 1 milhão e 76 mil pessoas desembarcaram em Salvador. A prefeitura estima que 850 mil delas eram turistas, o que ultrapassa a meta de 800 mil visitantes estipulada pelo município para a festa deste ano. Depois dos brasileiros, a maioria eram argentinos, alemães, franceses, ingleses ou americanos, nesta ordem. Artistas têm preferência pelo circuito Dodô (Foto: Arquivo CORREIO) Dias ACM Neto afirmou que não haverá alterações no número de dias da festa, quatro de pré-carnavais e seis de folia oficial, e que o projeto especial montado no Rio Vermelho será mantido no ano que vem. As orquestras e bailes infantis reuniram 18 mil pessoas e 120 atrações no bairro. Antes, a região recebia apenas pequenas fanfarras.

Ele contou que os dez dias de festa geraram 250 mil postos de trabalho diretos e indiretos, 10 mil deles eram vendedores ambulantes. Já a rede hoteleira teve ocupação de 96% durante a folia, o maior número registrado pela cidade nos últimos anos. “Do ponto de vista econômico o Carnaval mostrou que é fundamental termos esses dias de festa assegurados”, afirmou. Cerca de 3,5 milhões de pessoas foram às ruas (Foto: Evandro Veiga/ CORREIO) O custo total da festa momesca foi de R$ 55 milhões, sendo R$ 27 milhões da iniciativa privada. Este ano, 3,5 milhões de pessoas foram às ruas aproveitar a folia e outras 1,5 milhão curtiram o Carnaval nos bairros, em dez localidades de Salvador.

O prefeito agradeceu à imprensa pela cobertura da festa e encerrou a entrevista agradecendo aos servidores municipais pelo empenho. Ele se emocionou e disse que todos trabalharam duro para fazer o Carnaval 2019 acontecer. Prefeito destacou trabalho da equipe e da imprensa (Foto: Betto Jr/ CORREIO) “Chego, do ponto de vista físico, no final de Carnaval mais arrasado porque no meio dele a gripe me pegou e estava ali resistindo para não perder um segundo sequer da energia. O sentimento de toda a equipe é de dever cumprido. A gente não é perfeito. A gente não fez tudo certo, mas nós fizemos o melhor para a nossa cidade e aqui todo mundo tem essa compreensão. Só posso dizer do orgulho de ter essa galera do meu lado”, afirmou.

Para quem está com saudade da folia, a próxima edição vai começar mais cedo, no dia 20 de fevereiro. Anota aí e fique ligado porque, logo, logo, os abadás começarão a ser vendidos.