Capacete-respirador é utilizado em Feira para dar mais conforto aos pacientes

Novidade substitui métodos tradicionais, que são mais invasivos

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  • Da Redação

Publicado em 5 de março de 2021 às 13:29

- Atualizado há um ano

. Crédito: Dviulgação/Secom/Feira de Santana

Os hospitais de Feira de Santana ganharam uma novidade para melhorar o conforto dos pacientes que precisam permanecer em tratamento nas Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs). A ferramenta em questão é o respirador Helmet, uma cápsula hermética de ventilação em formato de capacete.

Ele foi usado pela primeira vez no interior da Bahia no Hospital de Feira de Santana (HCFS) após a identificação de que a maioria das queixas dos pacientes do HCFS era sobre os incômodos causados por respiradores tradicionais e invasivos.

“Diferente das máscaras full face e orofaciais, o Helmet não causa tanta pressão para o paciente, além de ser mais confortável possibilitando interações, como leitura, por exemplo”, explica o fisioterapeuta André Luis Villa Flor, coordenador-geral da fisioterapia do HCFS e idealizado do uso do equipamento.

A ventilação não invasiva é possível porque o respirador funciona como um capacete com filtros e exaustão antivirais e antibacterianos, capazes de promover renovação do ar e de criar uma pressão negativa para o paciente, que fica na parte de dentro da cápsula, sendo uma das melhores formas para não intubar o paciente, além de reduzir as chances de óbito.

Outra vantagem do aparelho ainda é que como a cápsula isola o paciente, ela impede que gotículas se espalhem pelo ambiente, evitando infecções na equipe.

“Os pacientes em estados moderado ou grave por conta da Covid-19 geralmente precisam de respiradores durante muitos dias e um tratamento desconfortável acaba afetando também o psicológico do paciente”, afirma André Luís, que tem recebido feedbacks positivos dos pacientes em uso da cápsula.

Quem esteve internado aprovou a novidade, como o biólogo Alano Durães. “A máscara não incomodava um pouco, ela incomodava muito, então a utilização do capacete foi essencial para a minha recuperação”, conta.