Caso Atakarejo: MP denuncia treze e pede prisão preventiva de todos os acusados

Denúncia foi feita nesta segunda pela promotora Ana Rita Cerqueira. Tio e sobrinho foram mortos por traficantes após serem entregues por funcionários de mercado  

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  • Da Redação

Publicado em 12 de julho de 2021 às 18:54

- Atualizado há um ano

. Crédito: Divulgação/Alberto Maraux/SSP

O Ministério Público estadual denunciou treze pessoas pelos crimes que resultaram nas mortes de Bruno Barros da Silva e Yan Barros da Silva no último dia 26 de abril, após serem entregues por funcionário do supermercado Atakarejo a traficantes.   A denúncia foi oferecida nesta segunda-feira (12) pela promotora de Justiça Ana Rita Cerqueira Nascimento, coordenadora do Núcleo do Júri (NUJ). A promotora ainda pediu a decretação da prisão preventiva de todos os denunciados, segundo ela, "para viabilizar a continuidade da instrução criminal, da aplicação penal e a garantia da ordem pública".    A promotora vai detalhar a denúncia em uma coletiva de imprensa nesta terça (13), na sede do MP do CAB, às 11h. Foram denunciados pelos crimes de homicídio qualificado (por motivo torpe, meio cruel e sem possibilitar a defesa das vítimas), constrangimento ilegal e extorsão o gerente-geral da loja Agnaldo Santos de Assis e os prepostos Cláudio Reis Novais e Cristiano Rebouças Simões.    Por crimes de homicídio qualificado e cárcere privado, foram denunciados Victor Juan Caetano Almeida, David de Oliveira Santos e Francisco Santos Menezes. Eles foram apontados como responsáveis por entregar as vítimas aos executores.   Já Lucas dos Santos, João Paulo Souza Santos, Alex de Oliveira Santos, Janderson Luís Silva de Oliveira e Rafael Assis Amaro Nascimento foram denunciados por homicídio qualificado, identificados como os responsáveis pela execução. O MP denunciou ainda Michel da Silva Lins e Ellyjorge Santos Lima por ocultação de cadáver.  Terceira fase da operação   No último dia 7, a polícia deflagrou a terceira fase da Operação Retomada para cumprir mandados de prisão e de busca e apreensão de envolvidos nas mortes do tio e sobrinho Bruno Barros e Yan Barros, no Atakarejo. No dia 6, o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) concluiu inquérito policial sobre o caso.  Relembre o caso    No dia 26 de abril, após Bruno Barros e Yan Barros serem detidos furtando carnes, no supermercado Atakarejo de Amaralina, tio e sobrinho foram mortos no Complexo de Amaralina e os corpos deixados no bairro de Polêmica. As vítimas foram colocadas no porta-malas de um carro modelo I30.   Na 1ª fase da Operação Retomada, promovida pelo DHPP, no dia 10 de maio, oito pessoas, entre seguranças e traficantes, acabaram presas.  Já na 2ª fase da Operação Retomada, a polícia disse que conseguiu identificar o papel de cada um no caso Atakarejo.