Caso Sáttia: polícia mantém indiciamento por tentativa de feminicídio de ex contra médica

Novos documentos foram anexados ao inquérito policial, que foi reenviado ao MP-BA na sexta-feira (20)

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  • Da Redação

Publicado em 25 de novembro de 2020 às 17:34

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Reprodução/Google Maps e redes sociais

A polícia reencaminhou ao Ministério Público da Bahia o inquérito que investigou o caso da médica Sáttia Lorena Aleixo, de 27 anos, que caiu de um prédio no bairro de Armação, em Salvador, no mês de julho. O documento foi enviado ao órgão na última sexta-feira (30), e nele foi anexado o laudo da reconstituição simulada do dia da queda.

De acordo com a Polícia Civil, o laudo concluiu que houve ameaças e agressões físicas do ex-companheiro da médica, Rodolfo Cordeiro Lucas, contra ela, mas foi inconclusivo sobre como teria acontecido a queda.

Apesar disso, o inquérito manteve o indiciamento do suspeito por tentativa de feminicídio com base em outras provas que compõem a investigação, como o próprio depoimento da vítima, que negou ter pulado e declarou que Rodolfo tinha intenção de "acabar com a vida dela". O Ministério Público da Bahia (MP-BA) confirmou que já recebeu a documentação, mas não informou qual o status da análise. 

O inquérito policial já havia sido enviado ao MP-BA em setembro, no entanto, o órgão solicitou novas diligências, como a reconstituição, escuta de mais testemunhas e novo depoimento da médica. Na época, o advogado de defesa do acusado, Gamil Föppel, criticou o primeiro relatório produzido pela Delegacia da Mulher de Brotas (Deam), responsável pela investigação. Segundo ele, estava com "erros de língua portuguesa", teria confusões sobre termos do direito penal, e deixava de mencionar que havia quatro substâncias de uso controlado na amostra de sangue de Sáttia Aleixo.