Cavalo cai de muro, quebra patas traseiras e morre no Costa Azul

Moradores tentaram conseguir socorro desde a madrugada

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  • Da Redação

Publicado em 23 de julho de 2020 às 11:23

- Atualizado há um ano

. Crédito: Marina Silva/CORREIO

Um barulho forte e um grito de dor. Isso chamou atenção de Átila de Oliveira Santos na última quinta-feira. Havia motivo: um cavalo que transitava pelo bairro do Costa Azul caiu de um muro e quebrou as suas duas patas traseiras.

Os moradores tentaram desde a madrugada algum contato com vários órgãos para fazer o resgate do animal, só que não teve sucesso. Fotógrafa do CORREIO, Marina Silva registrou os últimos momentos do equino e seu semblante abatido, cheio de dor, indicavam o que parecia inevitável. O resgate não chegou a tempo e o bichinho faleceu ali mesmo.

"O cavalo caiu de altura de um muro de cinco metros mais ou menos e acabou quebrando as duas patas de trás. A gente entrou em contato com alguns órgãos como Guarda Municipal, Centro de Zoonose, Ibama e nenhum resolveu. E o cavalo está sofrendo aqui até agora. A gente acabou ficando de mãos atadas", relata. 

O animal caiu por trás de um prédio na Rua Desembargador Manoel Pereira. Curiosos se aproximaram para ver, mas pelo porte e ferimento dele não conseguiram retirá-lo do local.

Diretor da Diretoria Animal do Município, Gustavo Moraes explica que a Transalvador, responsável por fazer a remoção de animais de grande porte das vias públicas de Salvador, recebeu a ocorrência às 10h21 e quando as equipes da Diretoria Animal estavam se deslocando para fazer a remoção do cavalo chegou a notícia de que ele já estava morto.

Criar animais de grande porte é proibido por lei em Salvador, lembra Gustavo Moraes. Só em 2020, mais de 30 animais do tipo já foram resgatados das vias públicas da capital baiana. O mais comum é que sejam cavalos, mas também houve registro de porcos, ovelhas e cabras.

"A Transalvador nos aciona para a gente acionar uma empresa responsável pelo serviço, que é terceirizado e feita por uma clínica veterinária especializada. O animal é removido, tratado das lesões e dos ferimentos. Caso o dono apareça, tem até 15 dias para reivindicar o animal junto à Transalvador, mas precisa pagar uma multa que tem o preço variável de acordo com cada caso", explica. Caso o animal não tenha dono, ele é colocado para a adoção.

O cidadão que se esbarrar com uma situação com a do pobre cavalinho do Costa Azul deve ligar para a Transalvador no número 156 e informar a situação. O próprio órgão de trânsito fará a triagem da ocorrência com alguma viatura que estiver pela região para confirmar que não se trata de um alarme falso e logo após esse procedimento a Diretoria Animal é acionada para, quem sabe, evitar que o bichinho tenha o mesmo fim azarado que o cavalo da nossa história. Que ele descanse em paz.