Celular do marido de Flordelis foi usado horas após a sua morte

Marido de deputada, pastor Anderson do Carmo, foi morto no dia 16 de junho

Publicado em 26 de junho de 2019 às 07:47

- Atualizado há um ano

. Crédito: Acervo Pessoal

O celular do pastor Anderson Carmo foi usado horas após a sua morte. De acordo com informações da Polícia Civil do Rio de Janeiro, mensagens foram enviadas às 9h e às 10h07 de domingo (16).

Nesta terça-feira (25), a deputada federal Flordelis (PSD) concedeu uma entrevista coletiva e disse que quer justiça pela morte do marido. Ela falou ainda que não sabe onde está o celular de Anderson.

Explicou que muitas pessoas passaram pela casa após o crime e que inclusive alguns objetos sumiram. Disse que uma fogueira foi feita no quintal apenas para queimar capim, que estava alto. Ela reafirmou ainda confiança no marido, dizendo que "botava a mão no fogo por ele". Flordelis foi interrogada, na segunda-feira (24), por quase dez horas. Ela disse que não poderia dar maiores detalhes sobre uma pistola encontrada pela polícia no quarto do filho Flávio, pois isso fazia parte do sigilo da investigação.

Aos jornalistas, Flordelis não descartou a participação de dois de seus filhos, Flávio dos Santos e Lucas dos Santos, no crime.

"Se for provado que foram os meus filhos, eu quero que eles sejam punidos, quero justiça. Seja quem for que cometeu tal ato. Quero justiça pelo o que aconteceu ao meu marido”, desabafou a parlamentar, que também é cantora gospel e juntamente com o marido coordenava o ministério Flordelis Cidade do Fogo, com três templos no estado do Rio.

A Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (DHNSG) chegou a informar que Flávio havia confessado ter atirado seis vezes contra Anderson, mas a defesa do acusado, que se encontra preso temporariamente, afirmou que a confissão não é válida, pois não teria sido feita na presença de advogados. Perguntada sobre qual seu sentimento sobre a possibilidade do filho ter cometido o crime e se "botaria a mão no fogo por ele", Flordelis disse que ainda não o viu depois de preso, mas que ele não mentiria para ela.

“Meu maior desejo hoje seria ver o meu filho Flávio. Eu tenho certeza que, para mim, ele diria a verdade, sim ou não. [Sobre] colocar a mão no fogo, eu prefiro agora não responder isso. Porque eu não sei. Mesmo sendo mãe, a gente não está no coração das pessoas. Mas eu não acredito [que ele fez isso]”, disse a deputada, que interrompeu várias vezes a entrevista coletiva para conter a emoção.

Questionada sobre qual seria o recado para os dois filhos que estão presos, Flordelis pediu que eles seguissem os ensinamentos dados por ela e que não mentissem. Flávio é acusado de terfeito os disparos e Lucas, de ter adquirido a arma ilegalmente.

“Que sejam verdadeiros sempre. Que digam a verdade sempre. Dizer para eles que a nossa família está sofrendo muito. Os irmãos estão sofrendo muito. Eu estou sofrendo muito. Nenhuma mãe cria um filho para ter esse tipo de acusação. É muito duro para uma mãe. E mais duro ainda é ser incriminada por atos que os filhos cometeram”, desabafou.