Cenas de Carnaval: Jimmy Cliff na Bahia

Reggaeman curtiu Carnaval de 1991 e construiu relação com o Olodum e com a capital baiana

Publicado em 28 de janeiro de 2019 às 05:00

- Atualizado há um ano

Gilberto Gil e Jimmy Cliff no aeroporto por Gildo Lima/Arquivo CORREIO

Para João Jorge Rodrigues, presidente do Olodum, existe um quarteto fantástico do reggae. “Bob Marley, Peter Tosh, Bunny Wailer e Jimmy Cliff”, diz o advogado. O último deles chegou por aqui pela primeira vez em 1980, ano em que fez um memorável show com Gilberto Gil.

Voltaria mais tarde, em 1990, quando participou do Festival de Música e Arte Olodum (Femadum). “Na primeira vez, a gente nem foi convidado, mas estávamos começando ainda. Na época do Femadum, ele gravou Reggae Odoyá com o Olodum e, depois, voltou no Carnaval”, relembra João Jorge.

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Em 91, quando saiu no bloco e foi flagrado pela lente de Ailton Cordeiro, a relação de Cliff com a Bahia já começava a se intensificar. “Tenho foto dele comigo e com Germano Meneghel (cantor do Olodum falecido em 2011), ele com a camisa do Bahia. No Pelourinho, era uma convivência normal pra ele, então Jimmy Cliff se ambientalizou fácil”, revela. “Você sabe que ele tem uma filha baiana que está em Pantera Negra, né?”, diz se referindo a atriz Nabiyah Be, que participa do filme da Marvel lançado em 2018.

A relação de Jimmy Cliff com o Olodum gerou Samba Reggae, lançada pelo reggaeman jamaicano em 1992, e abriu portas para gente como Paul Simon e Michael Jackson, por exemplo, tocarem com o grupo.

Em 2012, após oito anos parado, Jimmy Cliff voltou a gravar um disco e João Jorge quer, quem sabe, retomar a parceria. “Fico sonhando em reencontrar ele, quem sabe tocar Rivers of Babylon (canção que lançou o reggaeman em 1972) ele e o Olodum”, planeja.

*Cenas de Carnaval é um oferecimento do Bradesco, com patrocínio do Hapvida e apoio de Claro, Fieb, Salvador Shopping, Vinci Airports e Unijorge