Cerca de 73 mil estudantes acima de 50 anos iniciaram o ensino superior em 2017

Cursos presenciais tiveram 37,5% dos alunos na respectiva faixa etária

  • D
  • Do Estúdio

Publicado em 21 de dezembro de 2018 às 06:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Shutterstock

Nuca é tarde: cerca de 73 mil estudantes acima de 50 anos começaram a graduação em 2017, segundo dados do Censo da Educação Superior de 2017, coletados e divulgados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Mais de 60% optaram pela Educação a Distância (EAD) enquanto apenas 37,5% escolheram cursos presenciais – um total de 2.643 alunos.

“Não foi uma decisão de agora. Tenho afinidades com a escrita, procuro aguçar a minha capacidade analítica. Percebi que isso falta nos profissionais de Comunicação de hoje”, opina o estudante de Jornalismo, Roseval du Carmo, de 51 anos. O percentual de estudantes acima de 50 anos que entraram na faculdade entre 2010 e 2017 cresceu 162% no ensino EAD.  Nos cursos presenciais, o índice alcançou apenas 9,82% de crescimento.

A trajetória de Roseval não teve início com o curso superior atual, que faz na Estácio de Sá. Até chegar o sonho de ser jornalista, já percorreu graduações em Contabilidade, Processamento de Dados e Publicidade e Propaganda. Esta última também é uma das formações associadas à Comunicação Social. “Me sinto como aprendiz e multiplicador ao mesmo tempo. Aproveito a experiência profissional para me ajudar e ajudar aos colegas, interagir com eles, não tenho nenhuma dificuldade”, sinaliza.

A família da estudante sempre teve uma afinidade muito grande com o estudo. O irmão de sangue cursa Ciências da Computação. O irmão de consideração é formado em História e Direito, prefere trabalhar como advogado. Uma das irmãs é graduada em Design de Interiores e, em breve, também será bacharel em Direito. A outra irmã já está cursando o doutorado. “Conhecimento, é o único meio que te leva aonde você quiser ir. Observe uma pessoa educada, que teve a mínima formação, ela tem base para entender um pouco de tudo ao seu redor, não passa aperto, fome e, dificilmente é ludibriada. A educação é a maior ferramenta de transformação do ser na sociedade”, conclui.