Cerca de dois mil imóveis precisarão ser remanejados devido às chuvas na Bahia

Durante 22 dias, a Conder realizou vistorias em 76 localidades de nove municípios do sul e extremo sul do estado

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  • Da Redação

Publicado em 5 de janeiro de 2022 às 17:44

- Atualizado há um ano

. Crédito: Manu Dias/GOVBA

As equipes de Engenharia e do Social da Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder) já concluíram o trabalho de identificação e dimensionamento dos estragos provocados pelas fortes chuvas em nove municípios do sul e extremo sul da Bahia. Em 22 dias, 76 localidades foram visitadas, totalizando o mapeamento de cerca de dois mil imóveis, que vão precisar ser remanejados. 

O levantamento foi realizado nos municípios de Medeiros Neto, Jucuruçu, Itamaraju, Prado, Vereda, Andaraí, Ruy Barbosa, Teolândia e Mutuípe. No mapeamento realizado pelas equipes nas visitas de campo são recolhidos os dados preliminares.  

Nos municípios de Jucuruçu e Itamaraju, nas quatro localidades visitadas, 580 imóveis, situados à margem do Rio Jucuruçu, foram prejudicados, sendo que deste total 123 foram totalmente destruídos. Já em Medeiros Neto, as águas dos rios Itanhém e Água Fria causaram mais estragos na sede do município e nos distritos de Nova Lídice e Vila Mutum, onde 22 edificações estão condenadas. 

Das 15 áreas mais afetadas e visitadas pelas equipes da Conder na cidade de Prado, 168 imóveis foram mais prejudicados por problemas de drenagem, como ocorreu no bairro São Brás e na localidade de Portelinha. No município de Vereda, segundo levantamento técnico, das 132 edificações, localizadas em cinco áreas, além de problemas de falta de infraestrutura, como rede de drenagem e esgoto, na região de São José da Vereda, há também a construção de casas em área de encosta. 

Nas últimas quatro cidades visitadas pelas equipes da Conder, como Andaraí, Ruy Barbosa, Teolândia e Mutuípe, o trabalho para identificar os imóveis e dimensionar os estragos causados pelas chuvas foi realizado em 45 localidades, onde 467 imóveis foram afetados.  

As causas mais frequentes dos estragos em residências, pontos comerciais e prédios institucionais estão relacionadas com construções próximas à encosta, onde houve deslizamento de taludes, a exemplo de Andaraí, Teolândia e Mutuípe. Já na cidade de Ruy Barbosa, os prejuízos foram ocasionados mais por problemas de drenagem.- 

No mapeamento realizado nas visitas de campo são recolhidos os dados preliminares. A próxima etapa será de estudos topográficos considerando todas as variantes para a elaboração de projeto que irá possibilitar o início das obras de recuperação de moradias e pontos comerciais, que não foram destruídos, assim como a construção de novos imóveis em áreas seguras.   

Para a recuperação dos imóveis, os trabalhos serão executados em parceria do Governo do Estado com os consórcios intermunicipais de infraestrutura.