Chamusca fala sobre elenco 2019, uso da base e títulos no Vitória

Confira, em tópicos, tudo o que o novo treinador do Leão falou em sua apresentação

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  • Vitor Villar

Publicado em 11 de dezembro de 2018 às 10:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Maurícia da Matta / EC Vitória

Apresentado na Toca do Leão na tarde de segunda-feira (10), o novo técnico do Vitória, Marcelo Chamusca foi questionado sobre diversos assuntos relacionados à temporada 2019: formação de elenco, reforços, uso da divisão de base, filosofia de jogo, negociação com o rubro-negro, entre outros.

Abaixo, o CORREIO traz um resumo dos principais tópicos abordados pelo novo comandante do Leão. O técnico, que começou a carreira na base do Vitória em 1994 e afirmou que quer retribuir o clube por isso, assinou contrato até o final de 2019.

Negociação com o Vitória

Chamusca revelou que a aproximação com a atual diretoria rubro-negra não aconteceu agora, mas desde agosto. Quando o Vitória demitiu o técnico Vagner Mancini, o treinador baiano foi um dos procurados para substituí-lo, mas o escolhido foi Paulo Cézar Carpegiani. "A gente vinha conversando desde o meio do ano, depois que saí do Ceará. Na época, chegamos a ter reuniões, a discutir sobre um projeto, mas o clube optou por um outro profissional naquele momento", explicou.

'Limpeza' no elenco para 2019

O novo comandante rubro-negro deixou em aberto os parâmetros para montagem da equipe que disputará a próxima temporada. Não falou se alguns jogadores mais caros, como Neilton e Willian Farias, vão ficar. Tampouco disse quantos pretende contratar. "A gente começou agora pela manhã a traçar o planejamento para montar o elenco. Existem atletas com contrato com o clube e que devem permanecer para a próxima temporada, mas tem outros que o clube vai buscar um entendimento para que deem continuidade das suas carreiras em outras equipes", resumiu Chamusca. Willian Farias tem contrato até dezembro de 2019 e Neilton, até maio de 2020.

Conhecimento do elenco rubro-negro

Marcelo Chamusca disse já ter um bom conhecimento dos jogadores do Vitória, não só do profissional como do time sub-23 e da base: "O Vitória foi meu adversário pela Série A. Inclusive, foi o jogo em que acabei demitido do Ceará, uma derrota por 2x1 aqui no Barradão. Então estudei muito o elenco. Também assisti a vários jogos, inclusive do sub-23 e do sub-20. Por sinal, estava aqui na final (do Brasileiro sub-20, contra o Palmeiras). Então eu conheço esses jogadores. Posso dizer que temos na base alguns que mostraram qualidade para representar o Vitória".

Indicação de jogadores

O técnico quer trabalhar ao lado da diretoria na busca por atletas, sobretudo os com "cara" de Série B: "Tenho um modesto conhecimento de mercado por ter trabalhado em divisões diferentes do futebol brasileiro. Fiz jogos pela Ponte Preta neste ano pela Série B e assisti a inúmeros outros. Isso me dá a condição de, junto com o presidente, com o departamento de análise e com a diretoria de futebol, dividir responsabilidades. Não vou chegar aqui e indicar 10 jogadores, o trabalho tem que ser criterioso. Mas trazer alguns que já me conhecem vai ajudar na implantação da filosofia de jogo".

Polêmica com o Oeste

O técnico teve que se explicar por ter quebrado a palavra com o Oeste, clube com quem havia acertado na semana passada e que deixou para trás a fim de fechar com o Leão: "Como eu disse, já existia uma relação com o Vitória, e essa relação perdurou mesmo após o fim do Brasileirão. A gente iniciou tratativas que não eram feitas por mim, mas por um representante meu. Quando dei minha palavra para o presidente do Oeste (Ernesto Garcia), a quem peço desculpas, houve um erro de comunicação. Me apalavrei com o Oeste enquanto meu representante estava conversando com o Vitória. Quando enfim tive a informação de que o Vitória queria, fiz uma análise de todos os fatores e vi muitos pontos positivos de vir para cá. O maior deles, de ordem pessoal. De trabalhar pela primeira vez na minha cidade, onde está minha família".

Títulos no Vitória

"Eu quero ganhar tudo. Se venho trabalhar num clube como o Vitória e que tem um Baiano para disputar, se eu não entrar para ganhar, é o fim da picada. Eu ganhei o Cearense em 2015 (Fortaleza), Paraense em 2017 (Paysandu) e o Cearense em 2018 (Ceará). Só não ganhei estadual em 2016 porque não disputei, tive uma divergência com a direção do Sampaio Corrêa e entreguei meu boné logo no começo do ano. A Copa do Nordeste é o meu sonho de conquista. Já fizemos uma bela campanha nela, com o Fortaleza, em 2015 (eliminado nas quartas de final). Neste ano, infelizmente o Ceará me privou dessa chance nas quartas de final (foi demitido antes das semifinais, com o Bahia). A Copa do Brasil hoje não tem só importância esportiva, a gente sabe o quanto ajuda no orçamento do clube se avançar de fases. Então vou trabalhar muito para obter êxitos em todas as competições. Trabalho de maneira obsessiva por títulos", concluiu.