Chegou a hora do adeus para algumas das nossas lendas do MMA?

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  • Ivan Dias Marques

Publicado em 14 de maio de 2019 às 05:00

- Atualizado há um ano

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A noite de sábado (11) nos apresentou algumas conclusões importantes sobre uma geração de lutadores brasileiros de MMA. O card do UFC Rio foi recheado de atletas que estão no limite da competitividade em alto nível do esporte - alguns, inclusive, já estão aquém dessa linha há algum tempo. Compreendo o amor pelo esporte e as escolhas de cada um de se manter na ativa por fazer o que gosta. Mas até onde isso vai prejudicá-los fisicamente? Até onde vale a vontade de lutar em detrimento à competitividade e ao cuidado com o próprio corpo? Vejo Anderson Silva e Rogério Minotouro já abaixo do limite citado lá em cima. A lesão sofrida por Anderson, por mais que ele tenha se machucado antes em treino (segundo o próprio) e isso tenha comprometido sua movimentação, me parece um recado do corpo ao brasileiro: o que era absorvido antes, agora pode machucar sério. E a recuperação será mais lenta. Quanto a Minotouro, os anos de boxe e MMA já cobram o preço há algum tempo. O baiano passou por diversas lesões e, ainda que conserve o punch, não tem a mesma movimentação e resistência de outrora. Se enfrentar alguém de idade semelhante, pode até se dar bem, mas contra um adversário 15 anos mais novo, como foi no Rio, vira presa fácil. Ainda creio que José Aldo tem gás no tanque. O manauara teve um desempenho ruim, mas vinha de duas lutas boas. Segue entre os melhores por mérito próprio e, embora pareça longe de voltar a ser campeão, é competitivo. No caso de Aldo, que ainda tem 32 anos contra 44 de Anderson e 42 de Minotouro, a questão é muito mais mental: ele está focado o suficiente para seguir investindo em si mesmo? O tempo dirá.

Bahia Sinceramente, fiquei espantado com o espaço que os jogadores de meio-campo do Athletico-PR tiveram na partida de domingo (12) contra o Bahia. Bruno Guimarães, Wellington e Léo Cittadini tocaram a bola como se não houvesse combate do meio tricolor. Pareciam sempre um passo à frente. Os laterais tricolores tiveram uma noite para esquecer. Não por terem atuado mal, mas pelo trabalho em conter quase que ao mesmo tempo pontas e laterais do adversário. Os pontas do Bahia pouco auxiliaram na defesa e quando auxiliavam estavam sempre um passo atrás, sobrecarregando Nino e Paulinho.   No lado ofensivo, a pressão do ataque sobre a defesa paranaense deu certo. Assim, foram criadas algumas oportunidades tricolores, até mais do que nos duelos de 2018, pelo Brasileiro e pela Sul-Americana. No entanto, o número poderia ser bem maior se o meio-campo do Esquadrão acertasse o pé nos passes. Esse foi o maior problema da equipe em termos ofensivos, tanto na construção desde a defesa, como nos contra-ataques. O Athletico, na maioria das vezes, trabalhava com oito jogadores na linha ofensiva, deixando apenas a dupla de zaga preparada para o contra-ataque. No entanto, nas vezes que o tricolor conseguiu recuperar a bola, pecou no passe e no posicionamento ofensivo. Parecia que os jogadores não sabiam bem o que fazer com a bola. Fica  a lição: a Série A dá chances, mas é preciso saber aproveitá-las.