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Com 129 anos de história, Santa Izabel comemora aniversário sendo referência

Hospital foi o 1º a realizar cirurgia robótica no estado e inaugura equipamentos de imagem computadorizada

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  • Da Redação

Publicado em 30 de julho de 2022 às 06:00

. Crédito: .

Primeiro hospital na Bahia, em alusão à fundação do antigo Hospital da Caridade em 1549, o Santa Izabel não ficou parado no tempo. A casa de saúde comemorou, nessa sexta-feira (29), 129 anos de funcionamento no bairro de Nazaré, onde se tornou referência nacional e pioneiro no estado, com exames e cirurgias que usam tecnologia de ponta. A comemoração contou com exposição fotográfica da Estátua da Fé, Esperança e Caridade - aberta ao público até 31 de agosto -, missa e inauguração de aparelhos de imagem para ressonância e tomografia em alto padrão.  Colaborador desde 2000 no Santa Izabel, o atual chefe do Departamento de Cirurgia, do Serviço de Urologia e coordenador do Programa de Residência e Robótica da Urologia, Eduardo Café, também foi o primeiro a coordenar cirurgia robótica na Bahia, em 2019. O cirurgião conta que precisou se preparar e dominar a técnica em outros estados, como São Paulo, onde já existia esse tipo de cirurgia, para enfim trazer à Bahia.

“O primeiro paciente operado de robô na Bahia foi paciente do ambulatório do SUS [Sistema Único de Saúde]. O hospital bancou a cirurgia. Claro que tem custo altíssimo, e o SUS não tem disponibilidade. [Porém], se tiver, Santa Izabel será pioneiro nisso. Pelos quase 130 anos, as pessoas imaginam um hospital antigo, mas é uma experiência que se renova e acolhe”, afirma. O estado já conta com execução de mais de mil cirurgias robóticas.  Missa ecumênica marca celebração na unidade hospitalar, gerida pela Santa Casa (Foto: Ana Albuquerque/ CORREIO) A responsável técnica no serviço de medicina nuclear do hospital, Adelina Sanches, faz questão que o Santa Izabel seja “um prédio antigo com serviço moderno”. Além da cirurgia robótica, ela destaca o parque de imagens e de hemodinâmica, cujos equipamentos permitem a realização de exames de forma menos invasiva, maior rapidez e qualidade. “Até o final do ano vamos receber três equipamentos, que nem tem na América Latina, para realização de exames”, diz.  Atendimento humanizado Para Jorge Lopes, 57, paciente no setor de cardiologia, e sua esposa, Maria Isabel, enfermeira em outra instituição, o aniversário do Hospital Santa Izabel mostra que é possível ser tradicional e longevo, mantendo a qualidade de serviço. Maria conta que já teve experiência como paciente na casa de saúde através do convênio, mas agora acompanha o esposo, que está no hospital através do SUS. “Fiquei internada por convênio e não tem diferença. O atendimento [aos pacientes do público e privado] é o mesmo”, observa. 

Jorge diz que foi ao hospital para o procedimento de cateterismo, quando foi identificada a necessidade de cirurgia cardiovascular devido à presença de gordura nas veias. “Estou ciente da situação, o doutor explicou como vai ser a cirurgia. Só tenho a agradecer, queria que todo hospital fosse assim. [Estou internado] há 10 dias. Me surpreendi com o atendimento humanizado, os médicos sempre presentes, a equipe de enfermagem, todos”, elogia. 

Há mais de 50 anos atendendo na casa de saúde, o médico José Carlos Brito, coordenador do serviço de hemodinâmica e cardiologia intervencionista do hospital e eleito diretor do corpo clínico, garante que o atendimento faz parte do diferencial na unidade. Hoje, a instituição conta com mais de três mil médicos. 

Foi pela tradição e serviço “de excelência” que Cristinna Carmo, 26, escolheu fazer a residência em clínica médica no Santa Izabel. O hospital se consagrou como entidade de ensino na prática e destino para internos e residentes buscarem maior experiência. 

“Atendi uma freira que realmente me marcou bastante. Ela já era bem idosa, foi minha primeira paciente aqui. Acabou falecendo, mas era toda uma questão de enxergar nela um tratamento que trazia muita gratidão [...] ter aquele discurso voltado para o agradecimento a Deus... Foi muito importante porque também sou religiosa. Por ela ser idosa, tinha muitas histórias para contar. Foi uma relação amigável”, recorda.  

O Hospital Santa Izabel é filantrópico e gerido pela associação beneficente de assistência social, Santa Casa da Bahia. A assistência contempla usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), pacientes particulares e conveniados, conforme cobertura das operadoras. Atualmente atende em 46 especialidades médicas e tem 478 leitos, sendo 84 de UTI. No ano passado, realizou 17 mil procedimentos cirúrgicos, 14 mil atendimentos ambulatoriais e 10 mil acolhimentos no pronto-socorro. 

“Vivemos apagão no SUS em déficit de financiamento. [Isso] nos leva a fazer sempre novas alianças com planos de saúde e almas que fazem doações. [Mas] avalio com sucesso [as atividades]”, afirma o atual provedor da Santa Casa, José Antônio Alves.*Com orientação da chefe de reportagem Perla Ribeiro