'Com Fiol bem encaminhada, baianos precisam olhar para a FCA', diz CBPM

Primeiro trecho da Ferrovia foi arrematado pela Bamin na última quarta-feira

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  • Da Redação

Publicado em 9 de abril de 2021 às 13:48

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Elói Corrêa/GovBa

O arremate do primeiro trecho da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) pela Bamin na tarde da última quarta-feira, 08, foi comemorado por empresários e setores do governo baiano envolvidos na obra. O presidente da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), Antonio Carlos Tramm, vê o leilão como uma vitória, mas alerta que os baianos não podem se acomodar. "A FIOL venceu, a Bahia venceu. Precisamos agora concluir a Fiol e transformá-la efetivamente na estrada do desenvolvimento da Bahia. Temos ainda que continuar lutando para fazer com que a FCA (Ferrovia Centro-Atlântica) torne-se também um grande corredor logístico do nosso estado", disse Tramm.Única a apresentar proposta, a Bamin ofereceu R$ 32,7 milhões pela outorga do trecho 1. Os trilhos desta primeira etapa vão de Caetité ao Porto Sul, em Ilhéus, e devem colocar o nosso estado no seleto grupo de exportadores nacionais de minério de ferro, commodity que representa aproximadamente 4% do PIB brasileiro. Só a carga estimada pela mineradora deve ocupar um terço da capacidade da ferrovia."Este é um dia histórico. Estamos encurtando a distância entre o presente e o futuro do desenvolvimento da Bahia e do país. Esse trecho consolida três pilares fundamentais para o crescimento: mineração, agronegocio e logística", disse Eduardo Ledshan, presidente da Bamin, ao bater o martelo do leilão.Com a vitória, a Bamin vai concluir os 20% de obras restantes para início da operação, estimada para 2025. A concessão é de 35 anos, totalizando R$ 3,3 bilhões de investimentos. Desse total, R$ 1,6 bilhão será utilizado para a finalização do trecho.

Estudos realizados pela CBPM mostram que o centro-oeste baiano, onde fica Caetité, é rico em minério de ferro e outros minerais. Na esteira da FIOL, a CBPM já trabalha para atrair mais investimentos para oportunidades identificadas na região e, também, em estudos de novas jazidas minerais a 100 km de distância de cada lado dos trilhos.

Este conteúdo conta com o apoio institucional da CBPM.