Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Gabriel Rodrigues
Publicado em 10 de dezembro de 2020 às 05:00
- Atualizado há 2 anos
Mais uma “era de treinadores” se inicia no Vitória. Agora será a vez de Mazola Júnior colocar a mão na massa e moldar o que vai ser o Leão na reta final da Série B do Campeonato Brasileiro. A estreia do novo treinador no comando do clube será na sexta-feira (11), quando o time baiano receberá o Cruzeiro, às 21h30, no Barradão.>
Aos 55 anos, Mazola chega ao clube para ocupar o posto que era de Eduardo Barroca - que deixou o rubro-negro para assumir o Botafogo, na Série A -, e repete um movimento que tem sido rotina na Toca do Leão.>
Em apenas dois anos, o Vitória teve oito treinadores diferentes. Uma média de um profissional a cada três meses. Na gestão Paulo Carneiro, foram sete técnicos, sendo seis deles contratados pelo atual presidente.>
Para se ter uma ideia, só no ano passado, cinco treinadores passaram pelo comando do clube. O baiano Marcelo Chamusca começou a temporada, ainda na gestão de Ricardo David. Chamusca não resistiu à eliminação na primeira fase do Campeonato Baiano e deixou o time em março. Cláudio Tencati assumiu em seu lugar e foi mantido após Paulo Carneiro ser eleito novo presidente, mas acabou demitido apenas dois meses depois.>
Durante a gestão de Paulo Carneiro, passaram pelo Barradão em 2019 também Osmar Loss, Carlos Amadeu e Geninho. O último conseguiu livrar o Leão do rebaixamento à Série C e foi mantido para a temporada 2020.>
No entanto, durante a pandemia do novo coronavírus, o Vitória decidiu fazer uma nova mudança no comando técnico. Alegando dificuldade financeira, o Leão demitiu Geninho e efetivou o auxiliar Bruno Pivetti como comandante efetivo, iniciando a nova ciranda de mudanças.>
Pivetti ficou como treinador do Vitória por 19 jogos. Ele foi demitido após a derrota para o América-MG, por 2x1, no Barradão, pela 14ª rodada da atual Série B. Em seu lugar, assumiu Eduardo Barroca, que ficou por só nove rodadas até a chegada de Mazola. >
Entre os sete treinadores que já passaram pela Toca nos últimos dois anos, Geninho foi o que mais vezes comandou o time e que conseguiu o melhor desempenho. Entre 2019 e 2020, ele esteve à frente da equipe em 25 jogos e deixou o clube tendo alcançado 50,6% de aproveitamento. Veja a lista completa no final deste texto.>
Assim como os antecessores, Mazola Júnior não vai ter muito tempo para mostrar serviço. Ele chega ao rubro-negro com contrato apenas até 30 de janeiro, quando a Série B será encerrada. Ao todo serão 11 jogos para provar que tem condições de se manter na equipe para a próxima temporada.>
Fora isso, o treinador tem metas importantes para conquistar. A primeira delas é a de garantir a permanência do Vitória na Série B. Em 14º lugar com 33 pontos, o Leão está cinco à frente do Figueirense, que abre a zona de rebaixamento, em 17º lugar. >
O segundo objetivo, e mais ousado, é tentar uma arrancada para sonhar com o retorno à primeira divisão. As chances, no entanto, são muito remotas, já que o rubro-negro está 11 pontos atrás do Cuiabá, equipe que fecha o G4.>
Aproveitamento por treinador (ordem cronológica) MARCELO CHAMUSCA: 38% (3 vitórias, 7 empates e 4 derrotas) CLÁUDIO TENCATI: 23% (1 vitórias, 2 empates e 4 derrotas) OSMAR LOSS: 26% (2 vitórias, 2 empates e 6 derrotas) CARLOS AMADEU: 48% (3 vitórias, 4 empates e 2 derrotas) GENINHO: 50% (9 vitórias, 11 empates e 5 derrotas) BRUNO PIVETTI: 36% (4 vitórias, 9 empates e 6 derrotas) EDUARDO BARROCA: 29% (1 vitória, 5 empates e 3 derrotas) >