Com pôr do sol e músicas inéditas, Daniela Mercury apresenta show no MAM

Cantora abriu temporada do Projeto Acústicos no Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM)

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  • Tailane Muniz

Publicado em 16 de dezembro de 2018 às 20:17

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Betto Jr/CORREIO

Quem esteve no Museu de Arte Moderna (MAM) na tarde deste domingo (16) assistiu não só ao show que deu o sol, imponente, ao se pôr, mas também ao espetáculo apresentado pela cantora Daniela Mercury, que abriu o projeto Acústicos no MAM, com um repertório que incluiu músicas nunca antes cantadas para o público de Salvador. 

O sol se punha no Solar do Unhão, às margens da Baía de Todos os Santos - quase que hipnotizando o público presente -, quando a rainha Daniela subiu ao palco e entoou: "Vamos dar as mãos, vamos pra batalha, nossa união, nossa fé não 'faia'".

E por falar em dar as mãos, pouco antes de dar início à apresentação, Daniela disse ao CORREIO que o show representa um momento em que "precisamos de união, de arte". A cantora comentou também o repertório do acústico-percussivo Afro Cyber Retrô, que une referências e músicas do samba-reggae, além de sambas afro.

Os músicos Alexandre Vargas (cavaquinho, violão, guitarra bandolin), Luizinho do Jeje (percussão e violão) e Yacoce Simões (acordeon, baixo, bandolim, violão, percussão e teclado) acompanham a rainha no projeto."Esse pôr do sol é a paisagem mais linda que um museu pode ter. É reinventar a beleza e se expressar através da arte. Para mim, é emblemático estar aqui, num momento que a gente precisa de muita arte, em todos os sentidos. Hoje eu vim celebrar a arte e a liberdade de expressão", destacou a rainha, que estava acompanhada da esposa, Malu Verçosa, e da filha, Giovana Póvoas.Músicas como Águas de Março, de Tom Jobim, e Como Sou Você, de Caetano Veloso, foram cantadas pela primeira vez na capital baiana. "Tem muitas músicas que eu não consigo fazer em Salvador, porque sempre faço Carnaval, além de outras festas que, em geral, têm repertórios mais dançantes", comentou com a reportagem.

Intimista O palco mais baixo, e próximo do público, agradou aos fãs de Daniela Mercury. Acompanhado de duas amigas, o estoquista Alisson Lima, 24 anos, disse que o MAM caiu como "uma luva" para o projeto acústico apresentado pela cantora neste domingo."Um show assim, nessa pegada, mais intimista, é realmente algo que a gente não tem a oportunidade de ver sempre. Está lindo. Fora que o museu tem uma energia incrível.  Músicas novas, antigas pouco tocadas por ela, eu realmente estou muito feliz de ter vindo", disse Alisson, que mora no bairro do Cabula.Acompanhando o estoquista, a assistente social Andreia Franco, 40, também aprovou a locação do espetáculo. "Nossa, é um show bem bacana, e muito diferente do que nós, que somos fãs, estamos acostumados a assistir", comentou. (Foto: Betto Jr/CORREIO) Quem também  esbanjou alegria com as músicas no estilo voz e violão foi a analista de sistemas Ieda Rodrigues, 40. "Onde ela vai, nós vamos atrás. A expectativa era grande para estar aqui, justamente por ser aqui e por ser nesse estilo mais intimista mesmo", afirmou Ieda, que é paulista radicada na Bahia. 

Sombras de Daniela Mercury, como se auto identificam, a coordenadora de RH Josi Reis, 35, e os amigos, os psicólogos Márcio Santana, 39, e Joelma Silva, 39, não disfarçaram a felicidade de poder assistir ao show inédito."Nós somos fãs há muitos anos, tudo o que ela faz, a gente gosta. Mas viemos ainda mais por ser uma proposta nova, diferente de tudo o que já assistimos antes", afirmou Josi, aos risos. Eufóricos, Márcio e Joelma apenas balançaram com a cabeça, reafirmando a afirmação da amiga, mas sem parar de cantar e dançar.O projeto Acústico no MAM acontece uma vez por mês, e tem programação até março de 2019. A próxima edição está marcada para o dia 20 de janeiro, com a banda A Cor do Som. Depois, o evento acontece em 3 de fevereiro e 24 de março. As atrações, no entanto, ainda não foram confirmadas.