Com redução do Fies, 56,8% das vagas em faculdades baianas estão ociosas

Por Donaldson Gomes

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  • Da Redação

Publicado em 23 de abril de 2018 às 03:03

- Atualizado há um ano

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A redução na oferta de vagas para cursos superiores através do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) está criando um grave problema para as instituições de ensino na Bahia. Com base no Censo da Educação Superior, a área de inteligência de mercado do Quero Bolsa identificou um nível de ociosidade de 56,8% nas vagas de ensino das faculdades baianas. Mais da metade das cadeiras estão vazias. Acima da média nacional, de 52,9%, a ociosidade por aqui fica abaixo apenas da registrada no Rio de Janeiro e em São Paulo. "A oferta de cursos e vagas na rede privada cresceu para atender a uma demanda inflada por um modelo agressivo, que se tornou insustentável. Desde a redução do Fies promovida pelo atual Governo, já notamos que a maioria das instituições está procurando alternativas para trazer a taxa de ociosidade a níveis mais saudáveis”, afirma Pedro Balerine, diretor de inteligência de mercado do Quero Bolsa, que vem tentando ganhar mercado como uma alternativa ao Fies. No caso da plataforma, os descontos chegam a 75% da mensalidade e já beneficiaram cerca de 300 mil brasileiros nos últimos cinco anos.

Preços das mensalidades Além da ociosidade, o Quero Bolsa levantou os preços médios dos cinco cursos do ensino superior com mais alunos matriculados em 10 capitais do País: Direito, Administração, Pedagogia, Engenharia Civil e Ciências Contábeis. Juntos, somam 2,95 milhões de estudantes em instituições públicas e privadas, representando 36,72% dos universitários brasileiros. Em Salvador, o valor médio cobrado pelas instituições de ensino para cada um dos cursos no 1º semestre de 2018 é de: Direito (R$ 1.281,00), Engenharia Civil (R$ 1.128,00), Administração (R$ 780,00), Ciências Contábeis (R$ 728,00) e Pedagogia (R$ 569,00). O cálculo leva em conta os valores integrais (sem desconto) em cursos presenciais de 25 instituições de ensino superior.

O certo e o duvidoso O anúncio de um plano para vender 60% da Refinaria Landulpho Alves (Rlam), em São Francisco do Conde, deveria ser visto de maneira diferente do anúncio anterior feito pela Petrobras, de uma hibernação até posterior venda da fábrica de fertilizantes Fafen, em Camaçari. No caso da refinaria, a operação está garantida até a venda da participação, destaca o  gerente-geral de Reestruturação de Negócios de Refino, Comercialização e Transporte da empresa, Arlindo Moreira Filho. Segundo ele, a possibilidade de novos investimentos na Rlam deve aumentar com a entrada de um novo sócio. "Há investimentos interessantes para serem feitos na Refinaria Landulpho Alves e nas demais. A diferença é que a condição financeira deste novo sócio será mais favorável à viabilização destes investimentos", explica. Em resumo, do jeito que está é certo que os investimentos não irão acontecer. Com a venda, podem acontecer. 

No horizonte Olho na tela. A rede de hipermercados Extra está apostando em um aumento de 50% nas vendas de aparelhos de TV nas semanas que antecedem a Copa do Mundo deste ano, em comparação com as vendas registradas no último mundial, em 2014. O gosto do brasileiro pelo futebol normalmente já estimula uma alta nas vendas. Na última Copa, uma pesquisa da GFK mostrou um aumento de 60% nas vendas durante as semanas antes do mundial. Este ano, despontam como atrativos adicionais, além do sonho do hexa, aparelhos com tela grande e com tecnologias como a 4K, de maior resolução, que, segundo o Extra, deverá concentrar 35% das compras realizadas.

Hora da entrega. Na próxima quinta-feira, a Prima fará a entrega do Horto Barcelona, residencial de alto padrão, 100% comercializado. O Valor Geral de Vendas (VGV) é de R$ 176 milhões.

Valor da marca. A Skol foi considerada pela sexta vez seguida como a marca mais valiosa do país pelo ranking BrandZ Brasil, da Istoé Dinheiro. A cerveja é patrocinadora máster das principais festas da Bahia, entre elas, o Carnaval de Salvador, a Micareta de Feira de Santana, e o São João da Bahia.