Com tema circense, Carla Perez celebra 20 anos do Algodão Doce

Foliões mirins aproveitaram para curtir no Campo Grande

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  • Da Redação

Publicado em 22 de fevereiro de 2020 às 11:53

- Atualizado há um ano

. Crédito: Romildo de Jesus / Secom

O circo da Carla Perez abriu o desfile dos blocos infantis deste sábado (22) no Campo Grande. O algodão doce faz 20 neste Carnaval e puxou uma multidão de crianças - e pais - animados no fim desta manhã.

Depois de uma contagem regressiva, Carla Perez subiu no trio cantando “vem dançar que o circo já chegou”. Nesse momento, as criança que já estavam animadas com as espumas de carnaval, confetes e bolhas de sabão começaram a pular.

Este desfile é especialmente tocante para Carla, já que o bloco faz 20 anos. “Já chorei muito hoje ao relembrar os anos de luta. É muita emoção e alegria”, conta.

Antes de sair com o bloco, ela fez um post emocionado pelos 20 anos. "Eu sou realmente muito abençoada... Hoje, é com muita emoção que agradeço a Deus pelos 20 anos do nosso Algodão Doce! O que me move é a certeza de que dei o meu melhor em todos os carnavais até aqui e pude sentir esse retorno através de cada sorriso, cada gesto de carinho e gratidão vindo de vocês. Que a magia, a beleza e o encanto do Circo se façam presentes não somente hoje, mas todos os dias de nossas vidas! Respeitável Público, eu já estou pronta para o nosso espetáculo e vocês?".

Para Carla, a pipoca do Algodão Doce é uma oportunidade da criançada de se divertir com toda família. Esse é o terceiro ano consecutivo da pipoca do bloco. 

As famílias concordam com a artista. O servidor público Fabiano Maranhão, 39, vem para Salvador no Carnaval há 5 anos. Desde que a filha, Joana Cintra, 4 anos, nasceu, ele faz questão de trazê-la para o desfile do Algodão doce.

“O clima está muito bom, com tranquilidade. A gente sempre vem com os filhos em um dia pras crianças brincarem e a Carla Peres é a chefe dos blocos infantis. Eles gostam do estilo da música dela”, conta Fabiano.

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Depois de soltar espuminha e curtir a música, Joana Cintra diz estar gostando de tudo. “Gosto de espuma, confete e música”, conta sobre a tríade da folia mirim. Joana estava empolgada com a folia na Avenida (Foto: Marina Hortélio/CORREIO) A pequena Rayane Lima, 9 anos, acha que este sábado na avenida é um dos melhores dias da vida dela. “Tá muito bom. Eu estou amando porque tem muita emoção e música. O que eu mais amo fazer é dançar e cantar“, fala a menina.

Tem pequeno que foi para a avenida para ver a ídola Carla Perez. Com apenas 3 anos, Franciele estava tão vidrada na artista que nem conseguia conversar com a reportagem. Ela só falava: “mãe vamos para a frente do trio”. A mãe da menina, Andreia, diz que fez um esforço para vir de Itinga para acompanhar o desfile. “Peguei 4 conduções para chegar aqui”, afirma.

Além de Carla Perez e sua turma do circo, o trio ainda foi animado pro convidados especiais. Os palhaços Patati e Patatá deixaram as crianças ainda mais empolgadas e Xanddy cantou sucessos do Harmonia, como Respeite, que foram aprovados tanto pelos mais novos quanto pelos mais velhos.

Ibeji Depois de Carla, o bloco Ibeji também agitou jovens e adultos no Campo Grande. De matriz africana, o cortejo é comandado pela banda Filhos de Jorge, que abriu o desfile com a música autoral Deixa o Corpo Falar (Não Para).

A foliã Júlia Rocha, 10, acompanha a família no desfile do Ibeji desde que tinha 3 anos. Para ela, o bloco é divertido, apesar de ser cansativo. “O que toca aqui é melhor para se balançar do que as músicas que toca nos outros blocos”, diz.Ibeji Depois de Carla, o bloco Ibeji também agitou jovens e adultos no Campo Grande. De matriz africana, o cortejo é comandado pela banda Filhos de Jorge, que abriu o desfile com a música autoral Deixa o Corpo Falar (Não Para).

Encarregados de se apresentar na frente do Ibeji, o rei e a rainha afro, Jonathan Santos, 12, e Yasmin Santiago, 10, estavam animados para mostrar os passos que ensaiaram para o desfile. “Eu me senti muito lisonjeado por ter ganhado o concurso e tá aqui porque é coisa de poucos”, conta Jonathan. Ibeji desfila na avenida ressaltando papel dos blocos afro no Carnaval (Marina Hortélio/CORREIO) Apesar de ser voltado para crianças, o Ibeji tem um papel importante na manutenção dos blocos afro. “Se não tiver o bloco afro infantil, o futuro destes blocos é ameaçado. Fazemos essa mostra cultural do que a gente faz durante o ano há 26 anos”, explica a presidente do bloco, Marta Santana.

Neste ano, o bloco homenageia Ibeji, Vunji e Erê. “viemos apra mostrar a negritude e a nossa ancestralidade”, informa Marta.

Já no Circuito Dodô (Barra/Ondina), Tio Paulinho animou os pequenos com o bloco Happy, acompanhado da cantora Gilmelândia. Além deles, o grupo Gatas e Gatos Teen também se apresentou para os pequenos.

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*Com orientação do editor Wladmir Pinheiro