Combate a festas paredão terá mais equipes e ações, diz Maurício Barbosa

Governo e prefeitura vão intensificar estratégia contra essas aglomerações

  • D
  • Da Redação

Publicado em 19 de agosto de 2020 às 10:58

- Atualizado há um ano

. Crédito: Reprodução

As ações para impedir festas paredão em Salvador durante a pandemia serão intensificadas, afirmou nesta quarta-feira (19) o secretário da Segurança Pública da Bahia, Maurício Barbosa. Mais comuns nos finais de semana, festas do tipo têm acontecido em bairros como Nordeste de Amaralina, Liberdade , São Rafael, Jardim Cajazeiras e outros.

"A gente definiu como estratégia, em acordo com a Prefeitura de Salvador, o aumento das equipes e a intensificação das ações através da Operação Silere, que busca realizar a medição de som com o objetivo de apreender esses equipamentos sonoros, que estão muito além do desejado. Objetos que, no atual momento, são elementos que incentivam aglomeração, o que precisa ser evitado", disse Barbosa, que esteve presente nessa manhã na entrega da reforma do Quartel Geral da PM, no Largo dos Aflitos. (Foto: Reprodução) O governador Rui Costa também comentou o assunto, afirmando que o trabalho será estendido ao interior. "Nós vamos reforçar o combate aos paredões não só em Salvador como também no interior da Bahia, onde os prefeitos têm solictado apoio e vão receber essa ajuda. Como estamos em fase de reabertura, as pessoas acham que tá tudo bem e que se pode realizar esse tipo evento, mas não pode. Não há nenhum liberou geral. Então, nós vamos atuar com maior rigor a partir desse final de semana e é bom que as pessoas já saibam que o veículo e o aparelho sonoro que ele carrega serão apreendidos não só pela lei de som, mas também de risco a saúde pública. Os proprietários também sofrerão sanções que vão além da apreensão", salientou.

Ontem, o secretário municipal de Desenvolvimento e Urbanismo, Sérgio Guanabara, disse que prefeitura e governo do Estado estão unidos para tentar dispersar as festas paredão, vistas como grande risco em momento de pandemia. "É extremamente importante para nós, envolve segurança pública e envolve decreto do governador do Estado, que decretou que não pode ter nenhum evento na cidade superior a 50 pessoas, e tem questões que a gente não pode dizer, que envolvem segurança pública, são sensíveis e não podem ser veiculadas", afirmou.

Na mesma linha do prefeito ACM Neto, Guanabara afirmou que essas festas são de "uma profunda irresponsabilidade" com o momento que vivemos. "Estamos convivendo com a pandemia e são regiões com índice alto, a exemplo do Nordeste, Santa Cruz. Não vou dizer que lamento, porque a gente vai ter que ter ação. São irresponsáveis, que estão trazendo prejuízo e levando inocentes a provavelmente a óbito", disse o secretário.

Protestos no Nordeste Na sexta semana das medidas restritivas da prefeitura, que impedem abertura de comércio, o bairro do Nordeste de Amaralina teve protestos pedindo a liberação. Nesta semana, o prefeito afirmou que não é possível sair do Nordeste enquanto os casos positivos de covid-19 não baixam.

"No final de semana, vimos algumas cenas em nossa cidade que são absolutamente lamentáveis. A começar por mais paredão no Nordeste de Amaralina. Aí depois alguns vão dizer que o culpado pelo fechamento do comércio é o prefeito. Infelizmente, culpado é quem irresponsavelmente vai pra rua, liga som alto, promove aglomeração, faz festa como se nada estivesse acontecendo. Não é possível que essas pessoas estejam se lixando para os milhares de mortes que temos em Salvador e no Brasil", disse.

Ele destacou que mesmo após tanto tempo de ações no bairro, o índice de casos positivos para a covid-19 nas testagens por lá não caem para menos de 34%."Sexta semana seguida com a operação de proteção à vida, obrigando fechamento do comércio, das atividades econômicas. Por que será? Porque infelizmente alguns irresponsáveis, insensíveis, vão pra rua no final de semana fazer paredão, fazer festa, e claro, estão ali, num prato cheio para multiplicação do coronavírus. Então, infelizmente as pessoas de bem acabam pagando preço dos irresponsáveis. O comércio que tá fechado paga o preço dos irresponsáveis que fazem paredão", disse.