Como escolher um médico?

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Publicado em 6 de julho de 2022 às 05:00

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Já está enraizado o hábito do brasileiro de fazer uma extensa pesquisa na Internet antes de adquirir qualquer produto ou serviço. As pessoas avaliam custo-benefício, opinião de outras pessoas, diferenciais e vantagens para, com mais segurança, tomar uma decisão de consumo que atenda às suas necessidades específicas. 

Se fazemos isso para escolher um imóvel, carro ou eletrodoméstico e na hora de escolher a escola do filho, um restaurante ou um hotel, por que não no momento de decidir o(a) médico(a) que cuidará de sua saúde? Afinal, não é simples decidir quem vai realizar uma cirurgia, prescrever um medicamento ou realizar qualquer procedimento que tenha como fim diagnosticar ou tratar doenças.

Antigamente, havia poucas opções de médicos na sociedade, sobretudo nas cidades menores, onde havia dois ou três profissionais de referência. Hoje em dia, porém, com o boom de faculdades de medicina e residências médicas, a quantidade de profissionais das mais diversas especialidades disponíveis é muito maior. Esta mudança torna ainda mais importante o poder de escolha do paciente ou do seu familiar.

Em sites, buscadores, grupos e redes sociais na Internet, é possível ter uma ideia inicial a respeito dos profissionais, mas a avaliação que sirva de base para uma decisão tão importante precisa ir além. Neste sentido, é importante que o consumidor tenha referências no mundo real, como indicações de outros pacientes (família e amigos). Caso isso não seja possível, vale considerar as opiniões registradas em sites como o Doctoralia, Google Meu Negócio, entre outros.

Para quem já tem um médico de confiança, ele pode fazer a indicação de outros especialistas que também possam servir de referência para a decisão do paciente. Além disso, é válido que o consumidor procure conhecer o currículo do médico, atentando para sua formação, experiências anteriores e atuais, registros no Cremeb (fundamental) e na Sociedade de sua especialidade, além da sub-área de maior atuação do profissional.

Todos esses caminhos devem ser percorridos pelo consumidor antes de escolher o seu especialista, mas nada supera a impressão do paciente acerca do médico em sua primeira consulta. Informações como humanização, personalização, atenção, dedicação, forma de explicar o diagnóstico e as opções de tratamento disponíveis, além do conhecimento técnico, só são percebidas no contato inicial do paciente com o especialista.

É a partir deste feeling que o paciente pode decidir se confia (ou não) no profissional. Afinal, não adianta ter um currículo farto, ter até boas referências, um site bem elaborado e um canal bacana no YouTube se na consulta o médico não transmite confiança, empatia e compromisso real com a resolução do problema do paciente.

*Leonardo Calazans é urologista, diretor do núcleo de urologia do Instituto Baiano de Cirurgia Robótica; coordenador dos serviços de Urologia Pediátrica do Hospital Estadual da Criança (Feira de Santana); coordenador da residência de Urologia das Obras Sociais Irmã Dulce e médico referência do Hospital Mater Dei