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Como os pequenos empresários podem se preparar para os próximos trimestres?

Especialista aponta cinco fatores que complicam o crescimento econômico e quatro formas de evitar a crise

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  • Da Redação

Publicado em 28 de março de 2022 às 06:22

. Crédito: Divulgação

Em poucos dias o primeiro trimestre do ano chega ao fim, e as projeções para o cenário econômico dos próximos meses de 2022 apontam para uma inflação mais alta do que se esperava no começo do ano, o que exigirá dos donos de pequenos negócios mais cautela e conhecimento sobre o plano de negócios da sua empresa.

Com o tempo e o relaxamento das medidas de isolamento social, setores que estavam menos aquecidos, por decreto governamental, puderam retornar às atividades. O desafio, então, vem sendo enfrentar a crise econômica e a instabilidade política que o país vem enfrentando, na tentativa de retomada da economia do Brasil ao patamar pré-pandemia.

“O Sebrae Bahia fez uma sondagem com os nossos clientes para identificar como eles enxergavam o final do ano passado e o início de 2022. A maioria dos entrevistados estavam bastante otimistas com as vendas no final do ano e com cenário para 2022, já que a gente estava com um saldo positivo na vacinação e a passando pela redução das medidas restritivas”, afirma Anderson Teixeira, analista da Unidade de Gestão Estratégica do Sebrae Bahia

A pesquisa realizada pelo Sebrae no último trimestre do ano passado, intitulada “O impacto da vacinação nos pequenos negócios baianos”, apontou que 77% dos 372 donos de pequenas empresas respondentes afirmaram que estavam otimistas para as vendas ou prestação de serviços para o final de 2021 e início de 2022. 

Mas, de acordo com Anderson, a expectativa de crescimento não durou muito e tudo indica que continuará assim. O pontapé quase fatal foi dado pela crise externa. A guerra causada pela Rússia contra a Ucrânia, apesar de não ocorrer no Brasil, impacta diretamente os pequenos negócios baianos, a razão é o aumento da cotação do barril do petróleo.

“A gente usa tanto para a locomoção como para o consumo, o diesel principalmente, é o insumo principal de logística da malha ferroviária, aérea e portuária que impacta diretamente no preço dos produtos que são vendidos pelas grandes, médias e pequenas empresas”, explica o analista Gestão Estratégica do Sebrae Bahia.

O cenário que já estava conturbado pela pandemia, tem se agravado com a crise externa. Os donos de pequenos negócios têm contratado menos em 2022. De acordo com a análise do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), a Bahia sofreu uma redução de 56% em relação à quantidade de empregos gerados pelos pequenos negócios baianos em janeiro deste ano comparado a janeiro do ano passado.   

De acordo com o economista e conselheiro do Conselho Regional de Economia, Edval Landulfo, outro fator que impacta diretamente os pequenos negócios é o aumento da taxa Selic. O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) anunciou, nesta quarta-feira (16), alta de 1 ponto percentual na taxa básica de juros. Assim, a Selic passa de 10,75% ao ano (a.a.) para 11,75%.

Diante desse cenário, o economista Edísio Freire, destaca que é preciso reconhecer que este é um momento inflacionário, que pode comprometer os negócios, a depender do tipo de segmento, mas que ainda existem formas de empreender, a partir dos segmentos que se distanciam da crise, como o e-commerce.

“Temos o comércio digital que é o e-commerce, prestações de serviços, startups e fintechs, apontando para cenários positivos. Ter a capacidade de perceber isso pode ser um diferencial competitivo e evitar que você fique preso às questões econômicas que existem, mas que podem surgir dentro dessa mesma crise oportunidades para a sua empresa” explica o economista.

Para ajudar o pequeno empreendedor a se preparar para gerir seu negócio no cenário inflacionário que ronda os próximos trimestres de 2022, o analista de Gestão Estratégica do Sebrae Bahia, Anderson Teixeira, listou cinco situações de crise que se destacam este ano e mais quatro formas de se proteger delas.

Reconheça o problema

Inflação acima de 11%: encarece empréstimos para os pequenos empresários que buscam o serviço para movimentar o fluxo de caixa, comprar maquinário ou até realizar pagamentos que ajudam a suportar crises.

Cenário político indefinido: a crise política que o país enfrenta afeta diretamente a economia, que passa a ser menos assistida pelo poder público. 

Mercado de trabalho em lenta recuperação: a crise econômica afeta negativamente o fluxo de caixa das pequenas empresas e estas são obrigadas a cortar gastos demitindo ou deixando de contratar novos funcionários.

Endividamento das famílias: a redução da taxa de emprego reduz o orçamento das famílias, causando o endividamento delas e diminui a aquisição de bens e serviços.

Baixo crescimento econômico: o aumento da inflação dificulta a retomada do crescimento econômico, uma vez que o trabalho é direcionado primeiro para a redução das taxas de juros.

Fuja da crise

Inove: pense em quais produtos você pode criar para continuar atual, busque parcerias e novos meios (e-commerce) para impulsionar as vendas.   

Trabalhe o fluxo de caixa: tenha um fluxo de caixa equilibrado, não faça muitas dívidas, somente aquelas extremamente necessárias.

Reduza custos: olhe para dentro do negócio, analise o orçamento e defina o que é possível cortar, reduzir ou negociar com fornecedores. 

Entenda o seu negócio: fique atento às informações que impactam o seu negócio e esteja antenado sobre o mercado, para ampliar sua visão sobre soluções de crise.

*Com orientação da subchefe de reportagem Monique Lôbo