Compliance: um diferencial para as empresas na retomada

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Publicado em 20 de agosto de 2020 às 05:14

- Atualizado há um ano

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As consequências da pandemia do novo coronavírus para a economia têm sido drásticas e atingem democraticamente a todos os setores. Mesmo aqueles que não foram diretamente afetados pela quarentena global, indiretamente, daqui a algum tempo, serão. No Brasil, o cenário tem mais pimenta. Além do enfrentamento à covid-19, estamos vivendo uma crise institucional marcada por escândalos de corrupção e instabilidade política.  

É justo nesse contexto que o programa de compliance tem se tornado um forte aliado das organizações públicas e privadas, não só por ser uma ferramenta capaz de combater ilícitos, mas também por ser um poderoso instrumento de resgate de princípios e valores fundamentais ao bom funcionamento da sociedade. Por isso, afirmo sem medo que empresas que o têm consolidado entre suas diretrizes, têm uma vantagem competitiva sobre as demais neste momento de retomada da economia.

Primeiro porque o programa de compliance é uma eficiente ferramenta de gestão, que possibilita às companhias identificar e tratar possíveis riscos, tornando-as mais familiarizadas com cenários atípicos como este que vivemos. E segundo porque é uma ferramenta adaptável e transversal, que ajuda as empresas a atuarem, por exemplo, no controle das medidas de prevenção contra o coronavírus entre seus funcionários e familiares, na disseminação da consciência do uso de EPIs, na melhoria do clima organizacional, da imagem e da reputação da empresa e, até mesmo, no aumento do faturamento.

“As empresas que têm compliance querem se relacionar com empresas que têm compliance” - essa é uma máxima cada vez mais imperiosa. Ter um programa de integridade implantado tem sido exigido por algumas prefeituras Brasil afora como requisito de habilitação para participação em licitações públicas; e também por empresas privadas, porque representa segurança para estabelecer relações comerciais. Como presidente da Carbonor, indústria química no Polo de Camaçari, percebo que termos o programa implantado tem se mostrado uma grande vantagem competitiva, uma vez que demonstra que mantemos legalidade e moralidade em nossas ações.

  Deixo meu conselho aos demais empresários: em pouco tempo, a empresa que não tiver o programa de integridade implantado ficará fora do mercado. A necessidade de resgatar valores e princípios nunca esteve tão relacionada com a sobrevivência da própria empresa. Portanto, precisamos compreender o futuro que se apresenta: em que não haverá lucros sem que haja integridade e reputação.

Paulo Sérgio França Cavalcanti é administrador, presidente da Carbonor e integrante do Conselho Diretor da ABIQUIM (Associação Brasileira da Industria Química).