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Da Redação
Publicado em 10 de setembro de 2021 às 09:33
- Atualizado há 2 anos
(Foto: Divulgação) A Comunidade Indígena Tuxá, do município de Rodelas, irá colocar no mercado, no início de 2022, o óleo de coco Encantado Tuxá. Inicialmente, o processamento do óleo será terceirizado. A expectativa é de aumento da renda das 41 famílias, já que os cocos deixarão de ser vendidos a atravessadores e terão valor agregado. Hoje, são produzidos 70 mil cocos por mês pelos indígenas Tuxás, comercializados in natura.>
Para Hawaty Arfer Jurum Tuxá, liderança indígena do povo Tuxá, a felicidade é grande. “Antes, o povo Tuxá ficava refém de atravessadores para a comercialização do óleo de coco. Com esse empreendimento, que é o beneficiar do coco para a extração do óleo natural, a ideia é que nós consigamos comercializar o produto diretamente. É muito gratificante ver na mesa dos baianos o óleo dos indígenas, o óleo extravirgem natural. A vantagem dos indígenas é de produzir em contato do meio, gerando valores produtivos sem agressão ao meio ambiente”.>
A satisfação dos indígenas ocorre devido a todo o trabalho de acompanhamento da equipe técnica do projeto Bahia Produtiva, que incentivou e construiu com eles todo o processo, desde a concepção da marca, rotulagem dos produtos, até a comercialização do óleo Encantado Tuxá.>
Na última segunda-feira (6), mais um grande passo foi dado, o governo estadual entregou um caminhão Volvo, com capacidade de carregamento de 30 toneladas, que irá transportar os cocos até a unidade de beneficiamento.>
O assistente territorial do Bahia Produtiva no Território Itaparica, Cláudio Ademar, destaca que essa entrega é mais uma amostra de que o Governo da Bahia valoriza os povos indígenas. “Nós temos que comemorar essa decisão do Governo do Estado, de valorizar os povos indígenas, valorizar os povos da terra”.>
Para Edvalda Aroucha, coordenadora pedagógica do Bahia Produtiva na Agendha, instituição contratada pelo Bahia Produtiva para prestar o serviço de assistência técnica na comunidade Tuxá, o caminhão não representa para os indígenas apenas o transporte do coco: “Esse caminhão vai carregar, sobretudo, a competência das comunidades indígenas, o sonho desses povos, a esperança e a possibilidade de o óleo de coco Encantado ser referência para outras aldeias e povos”.>
O lançamento do produto é resultado de ações e investimentos do Governo do Estado, por meio do projeto Bahia Produtiva. Já foram investidos mais de R$ 980 mil, por meio do Bahia Produtiva, via convênio firmado entre a Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), e o Consórcio Agropecuário Indígena Tuxá.>
O Bahia Produtiva é um projeto executado pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), empresa pública vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), cofinanciado pelo Banco Mundial.>