Condenado pelo assassinato de Eloá, Lindemberg Alves vai a semiaberto

Avaliação considerou que ele tem 'agressividade' dentro do padrão

Publicado em 10 de junho de 2021 às 12:46

- Atualizado há 10 meses

. Crédito: Reprodução

Condenado a 39 anos de prisão pela morte da ex-namorada Eloá Cristina, Lindemberg Alves vai para o regime semiaberto por decisão da Justiça. Desde 2008, ele cumpre pena pelo crime na Penitenciária Doutor José Augusto Salgado, em Tremembé (SP).

A decisão foi da juíza Sueli Zeraik de Oliveira Armani, da 1ª Vara das Execuções Criminais (VEC) de Taubaté, atendendo a pedido da defesa de Lindemberg, feita em setembro do ano passado. Ele tem direito à progressão de pena por conta do tempo cumprido da pena e à remição - como trabalha na cadeia, Lindemberg teve 313 dias da pena perdoados. 

No regime semiaberto, o preso tem cinco saídas temporárias por ano, em datas como Natal. 

A juíza destaca na decisão que Lindemberg teve "resultado positivo" em um exame criminológico, sendo considerado "apto a usufruir o regime intermediário". A avaliação psicológica considerou que o preso tem "agressividade e impulsividade dentro dos padrões normais" e que "arrepende-se profundamente" pelo crime. 

Relembre o caso Eloá foi feita refém pelo ex-namorado antes de ser morta com dois tiros na cabeça, em outubro de 2008. Lindemberg invadiu o apartamento da família da jovem, em Santo André. Armado, ele exigia que ela aceitasse reatar o namoro.

Outras três pessoas, colegas de Eloá, foram feitos reféns também - Nayara, Iago e Victor. Os garotos foram logo liberados. Nayara também chegou a ser solta um dia depois, mas passados dois dias ela voltou ao cativeiro orientada pela polícia, para tentar resgatar Eloá. A ação não funcionou e a jovem foi novamente feita refém, gerando muitas críticas à polícia na época.

Quatro dias depois, o Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) explodiu uma bomba e invadiu o local. Os policiais alegaram que invadiram só após ouvir o que identificaram como um tiro. Lindemberg baleou Nayara, que sobreviveu, e Eloá, que morreu. Depois, soube-se que o barulho escutado pela polícia foi de uma mesa sendo movida.